Foi no sábado à noite, dia 25 de março, que os elementos do Rancho Folclórico de Gandra, concelho de Paredes, viram os danos causados na sede do rancho. Em declarações ao Jornal A VERDADE, a presidente da Junta de Freguesia de Gandra, Sílvia Sá Pinto, explica que no "sábado o espaço foi encontrado todo remexido, tudo destruído".
Margarida Rocha, presidente do Rancho de Gandra, tem como hábito visitar "diariamente o espaço", no entanto, no decorrer dessa semana, por motivos de doença, não visitava o rancho desde segunda-feira, 20 de março.

Por esse motivo, a presidente da junta refere que "não se sabe se foi feito em vários dias ou num dia só, mas tiveram tempo para causar muitos danos". Destacando que foram levados "40 anos de história do rancho, todas as medalhas existentes, instrumentos musicais, troféus, puxadores dos móveis". As casas de banho foram "destruídas e levaram torneiras, arrombaram portas e janelas, destruíram o depósito porque puxaram os canos".
Perante este cenário, Margarida Rocha afirma que "deu muita vontade de chorar" quando os elementos entraram na sede. "Faço parte há quase 39 anos, tenho uma ligação muito forte e nunca tinha acontecido nada semelhante". Acrescentando que "foi para roubar e destruir. Ficamos sem nada. O valor daquilo é tão grande, tantos anos de vida, aquelas recordações... não é só triste para o rancho, mas para a própria freguesia".

Para além disso, a destruição e os furtos chegaram também a uma creche da freguesia. À semelhança do rancho, a creche também ficou "sem nada. Levaram tudo, incluindo salamandras, cabos e torneiras".
A presidente de Gandra acaba por mencionar que considera esta situação "muito grave" e que, para além dos danos materiais, o sucedido é "emocionalmente muito difícil".
A queixa foi apresentada às autoridades que se deslocaram no sábado aos locais para realizarem as devidas pericias.

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