Há quem acredite que ‘nada acontece por acaso’ e a história de Diana Pacheco comprova essa expressão popular. Filha do “apanha bolas” do campo de golfe de Paredes e nascida a dois minutos a pé do local onde existe agora esse campo, a jovem desenvolveu uma paixão por este desporto.
Diana Pacheco tinha 12 anos e dizia que “não gostava nada de desporto”. No entanto, pelo facto de o seu pai trabalhar no Campo de Golfe do Aqueduto, em Vila Cova de Carros, Paredes, chegou a ser convidada para começar a jogar golfe. Achava que não ia “gostar nada”.
“Experimentei, comecei a gostar. Criou-se ali um bichinho, o vício pelo golfe e comecei a treinar mais vezes e cada vez mais. Continuei a treinar, a treinar e continuei a gostar ainda mais. Quando foi a minha primeira competição, então, aí é que gostei. Eu gosto é de competir. Para mim, faz sentido treinar quando tenho competições”, confessou ao Jornal A VERDADE a jovem de 22 anos.

A paixão por este desporto marcou-a tanto que ainda se lembra do dia da primeira aula de golfe, aos 12 anos, a 3 de novembro. Já participou em diversas competições nacionais e foi também chamada, por duas vezes, para a seleção portuguesa, no âmbito de uma competição internacional. “Poder participar nessas competições e ver o meu trabalho de treino realizado também, o poder participar e ver que aquilo que estou a fazer, no que estou a trabalhar está a dar frutos… A minha primeira competição a nível nacional foi em 2014 e consegui ficar em terceiro lugar a nível feminino”, comentou.

Recentemente, sagrou-se bicampeã do Norte de golfe, pelo Paredes Golfe Clube. “Foi uma motivação também porque, como estou na faculdade, é difícil ter muito tempo para treinar e como eu estou a trabalhar no clube – dou aulas, sou treinadora -, então, isso também me tirou um pouco de tempo para o meu treino. Ao clube, se calhar, vou mais para dar aulas do que para treinar”, afirmou.
Diana Pacheco “não estava nada à espera de ganhar” essa prova, pois achava que “nem tinha jogado bem” e até veio logo embora. Chegou a casa e recebeu uma chamada do árbitro que andava à sua procura para lhe dizer que tinha ganho. “Não achava que tinha estado ao nível, então, acho que foi assim uma motivação também ter ganho o título”, continuou.

Atualmente, conjuga o estudo no último ano do curso de Educação Social, na Escola Superior de Educação, no Porto, com os treinos e ainda as aulas de golfe que dá a miúdos e graúdos. “Agora na faculdade, se calhar, torna-se um pouco mais difícil, mas já antes também não era fácil”, explicou, referindo-se ao tempo que tem para conjugar todas estas atividades. “É complicado ter muito tempo, sinceramente”, confirma.
No entanto, é esta conjugação entre a sua atividade profissional e este desporto que pretende manter daqui para a frente, bem como gostaria de aumentar o seu nível de treinadora e “aprender mais”, “ganhar mais experiência”.

O golfe, hoje em dia, simboliza para si “realização pessoal” e fazer algo que gosta. “Ganhei paixão e sinto-me feliz a fazer aquilo que eu gosto e cada vez mais motivada e saber que transmito aquilo que eu sei para as crianças e não só para os adultos a quem dou aulas. Sinto que é bom, eles sentem uma motivação em mim, os meninos veem também um exemplo”, declarou, destacando a importância de uma maior divulgação e valorização deste desporto.