padre filipe costa e silva rio de moinhos penafiel
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“Não há uma hora, nem um dia em que se decide”. É desta forma que o padre Filipe Costa e Silva descreve o seu percurso enquanto padre, confessando que essa ideia “já existia”, mas que a decisão, com toda a certeza, foi tomada mais tarde. 

O padre Filipe Costa e Silva é natural de Válega, Ovar, mas a sua “paróquia de crescimento” foi São Martinho da Gândara, em Oliveira de Azeméis. Hoje, sente-se de “vários sítios” e, enquanto pároco de Paredes, Pinheiro, Portela e Rio de Moinhos, já e “mais daqui do que de lá”.

Embora a família fosse cristã e Filipe Costa e Silva frequenta-se a catequese, partilha que não estava inserida nos grupos paroquiais. “Frequentavamos a paróquia, mas sem grande envolvimento e compromisso”. Essa vocação veio mais tarde, na altura em que terminou o seminário. 

No dia em que foi ordenado padre, confessa que se sentiu “muito feliz”, porque era a concretização de “uma etapa de vida que tinha preparado e sonhado” há muito. Desde o primeiro dia que se juntou à Paróquia de Rio de Moinhos e, 15 anos depois, confessa continuar a ser “muito bem” recebido.

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Na casa dos 40 anos, permanece, na vida do pároco, a certeza de que “a missão do padre é sempre a mesma: evangelizar”. Também no papel de pároco, afirma sentir a responsabilidade de “animar a comunidade, ser o agente da comunhão entre as pessoas…”. No entanto, reconhece que existem “alterações na comunidade. A vida das pessoas, o mundo, a cultura mudam e isso vai exigindo atuações diferentes, mas a missão permanece a mesma”, garante.

No dia a dia são questões com que se depara e admite que a própria Igreja questiona-se de “como é que há de exercer a sua missão no mundo? Como se leva o evangelho às pessoas? É uma procura constante, é sempre um desafio,  porque nada está conquistado. Já não vivemos em cristandade, já não se é cristão por nascimento, é por convicção e escolha”, defende. 

Para o padre, um dos maiores desafios tem sido “a participação na comunidade. A população é muito maior do que as pessoas que estão comprometidas com a Igreja. O tempo em que vivemos é de individualismo, as pessoas não estão tão voltadas para a comunidade”. Mesmo assim, realça que “Jesus é o mesmo de ontem, hoje e sempre” e, por isso, continuará a “anunciá-lo por toda a eternidade” e fazer as pessoas “encontrar na sua vida pontos em comum com o evangelho”. 

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