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Aos 12 anos Luana Coelho é uma menina “feliz” e tem uma vida “como qualquer outra criança”. Mas o seu sorriso esconde o momento “difícil” que passou aos 18 meses. “Começou a ter febres durante vários dias, apareceram nódoas negras pelo corpo e deixou de andar”, conta o pai Filipe Coelho.

Estes foram os primeiros sinais e aqueles que levaram ao diagnóstico de uma leucemia. “Fomos para o hospital várias vezes, e numa das vezes fizeram-lhe uns exames mais profundos e aí descobriram a leucemia Foi logo para o IPO”, revela.

Até aos 18 meses Luana sempre foi um bebé saudável, mas em apenas 15 dias a vida da menina mudou por completo. “Na altura ela não percebeu muito bem, mas era uma criança com muita força. Teve sempre o apoio da família, é muito importante, principalmente nessas idades”.

Não só a vida da criança se viu alterada, também a rotina da família teve de ser adaptada. “Eu continuei a trabalhar, mas a minha esposa não, porque foram vários meses em tratamentos. Inicialmente esteve cinco meses no hospital”, recorda o pai.

Luana teve de ser transplantada e “felizmente apareceu um dador compatível. Foi internada em novembro para o transplante (28 de novembro 2011)  e teve alta em março. Foi mais do que um euromilhões, foi o princípio da cura. Nem todos os casos de sucesso, infelizmente, mas o da Luana foi de sucesso”.

Após o transplante Luana teve a doença do enxerto contra o hospedeiro, “que lhe afetou o pulmão esquerdo e nas articulações ganha muitas vezes vermelhidão. Tem de ter muito mais cuidados, mas vai fazendo uma vida normal”.

O pai recorda um processo “demorado, com quimioterapias”, mas que terminou com um final feliz para Luana, que “conseguiu recuperar da doença. Foi difícil para toda a família. Tínhamos casados há dois anos e era a primeira filha. Embora se ouça falar muito da palavra leucemia, só quem passa por ela é que realmente sente e sabe o que isto é”, confessa.

Filipe e a esposa são hoje pais de Luana e de um rapaz, acreditam que “é preciso ter fé, acima de tudo. É viver um dia de cada vez e acreditar que o bem vai acontecer sempre. Nunca mostrarmos as nossas fragilidades perto da criança. Sejam positivos e tenham sempre muita esperança”, é a mensagem de Jorge para todos os pais.