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Foi num “contexto de brincadeira” que no verão de 2022 surgiu o grupo de concertinas “Três Foles”. Dinis, Tiago e Tomás conheceram-se nas aulas de concertina, na Escola de Música Ritmo, em Amarante e foi aí que perceberam que “gostavam de tocar juntos. Surge então a oportunidade de se iniciar o projeto, nos concertos de verão. Começaram a tocar as primeiras músicas populares em frente ao público”, explica João Moura, porta-voz do grupo.

A Tomás e Tiago juntou-se depois o Dinis e pela frente tinham os “primeiros ensaios, para se começar a criar a rotina e a desenvolver o projeto”.

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A escolha do nome “Três Foles” foi “instantânea. Havia muitas propostas em cima da mesa, mas este foi o mais assertivo”.

João Moura foi um dos impulsionadores dos Três Foles e aquele que acompanha o crescimento do grupo, assim como dos três jovens artistas. “Eles ainda são crianças, portanto é uma brincadeira total do início ao fim. Há sempre aquele que brinca mais um bocadinho, ou aquele que é mais sério porque tem medo de errar numa música. Mas é sempre bom brincarem, estão na idade disso”.

Brincadeiras à parte, o trabalho e as músicas “são sempre feitas com brio”, garante o porta-voz.

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Apesar do sucesso que tem vindo a crescer, os três jovens não descuram a escola. João Moura explica que “os ensaios não interferem com as aulas. Num programa o Canário disse-lhes: ‘um bom tocador de concertina, um bom músico, no início da carreira tem de ser um bom aluno na escola. Por isso, o projeto nunca pode interferir com o percurso escolar deles”, garante.

Os Três Foles ensaiam às sextas-feiras e sábados, “domingos muito dificilmente, para durante a semana terem agenda livre para o estudo”.

Ainda com menos de um ano de existência, o grupo tem dado nas vistas e nos últimos tempos têm recebido “muitos convites para todo o tipo de festas, como feiras regionais”.

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Apesar de “felizes”, a pouca experiência destes três jovens artistas fá-los sentirem-se “um pouco intimidados no início. É aquele nervoso miudinho que é normal antes de subir a um palco, mas são crianças e fazem aquilo com um sorriso na cara”.

Enquanto professor, João Moura vê nestes alunos “a ambição de continuar este projeto. Quando pergunto o que querem fazer quando foram mais crescidos dizem que querem ser músicos. Portanto ambicionam ser mais e trabalham literalmente como um adulto para que o projeto resulte”.

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Dinis Dias Moura, 12 anos

O gosto pela música começou “há cerca de um ano”. E conciliar com a escola tem sido “um pouco difícil mas ao mesmo tempo fácil, porque tem de haver tempo para tudo”, garante Dinis. Aos 12 anos, o artista encara a música como um momento de diversão “e um momento único”. Dinis Dias Moura diz estar “a adorar” estar nos Três Foles e pretende “continuar até ao fim do projeto, se houver fim é claro”. Subir ao palco ainda “é difícil porque há muita vergonha mas com o tempo dos concertos vou-me acostumando”, diz.

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Tomás Teixeira Pinto, 11 anos

Para Tomás o gosto pela música surgiu “quando era pequeno” por influência do bisavô que tocava concertina. O jovem artista encara o projeto como um momento para “brincar, mas quando é para trabalhar trabalhamos”, afirma. Subir a um palco é sempre com “uma sensação de nervosismo e alegria e é muito bom tocar para as pessoas”, diz Tomás, que garante querer continuar no projeto. “Temos um bom professor, bons colegas e os nossos pais que nos apoiam muito”.

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Tiago Miguel Silva Soares, 12 anos

O gosto pela música começou, no caso do Tiago, em 2016. “Escolhi a concertina porque é um instrumento que gosto e é fácil de aprender”, conta. O artista de 12 anos partilha a opinião dos outros dois colegas quanto à dificuldade em conciliar a escola com a música, mas garante que “há sempre tempo para as duas coisas”. Para Tiago subir ao palco ainda é “um pouco complicado no começo mas depois acostumamo-nos”.