O Órgão Histórico de Santa Marinha do Zêzere, no concelho de Baião, vai ser inaugurados nos próximos dias 13 e 14 de julho.
Recorde-se que Nuno Mimoso, organista, maestro e cantor, bem como musicólogo consultor de várias instituições eclesiásticas e da tutela do património cultural, foi o grande impulsionador do restauro do órgão histórico. Embora tenha nascido em Matosinhos, são vários os motivos que ligam o músico português a esta região, seja os seus familiares oriundos de Penha Longa e Paços de Gaiolo, no Marco de Canaveses, sejam os órgãos históricos localizados em três freguesias do concelho de Baião.
A par do restauro do Órgão Histórico, também o Município de Baião, com apoio do Programa Operacional NORTE2020, assumiu a requalificação da Igreja de Santa Marinha do Zêzere. Em declarações ao Jornal A VERDADE, Nuno Mimoso explica que “no património integrado deste monumento, avultava o órgão datado de 1793, obra da oficina Souza de Braga. A sua máquina dispõe dum teclado de 51 notas e 20 meios-registos (sonoridades diferentes) que fazem soar 792 tubos, alimentados pelo vento dos três antigos foles. Este instrumento, que permanecia mudo há quase um século, foi restaurado na Oficina e Escola de Organaria do mestre Pedro Guimarães”.
Neste sentido, a inauguração e dinamização cultural ficará a cargo de Nuno Mimoso. Na fase de Inauguração estão previstos dois Concertos Didáticos (dias 13 e 14 de julho), 12 Visitas Musicais ao instrumento e duas Oficinas para jovens músicos.
As sonoridades centenárias deste órgão podem agora ser redescobertas pelos zezerenses e por aqueles que visitarem a freguesia duriense, sendo mais um recurso artístico ao serviço do culto e da cultura da região.
