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A proposta de orçamento municipal de Paços de Ferreira para 2023, apresentada pelo executivo municipal, foi aprovada, na semana passada, em reunião camarária, pela maioria do PS. Os vereadores do PSD votaram contra.

Entre as propostas está, segundo um comunicado da autarquia: a requalificação das quatro escolas básicas 2/3 ciclo; a gratuitidade das refeições escolares (do pré-escolar atém ao 12.º ano) e do transporte escolar; a construção de uma Estrutura Residencial para Idosos na Freguesia de Carvalhosa (para 70 utentes) e de creches e berçários em todas as freguesias (536 novas vagas); o apoio à construção das ERPI de Ferreira e Raimonda; a conclusão da Ciclovia Paços de Ferreira – Carvalhosa – Freamunde e a requalificação da Via do Poder Local; a construção de 60 novos apartamentos para arrendamento a preços controlados em Freamunde, a construção de 36 novas habitações sociais do município e a requalificação dos bairros sociais; a construção do novo Centro de Saúde de Paços de Ferreira e a reabilitação do Centro de Saúde de Freamunde.

Além disso, as propostas referem ainda: a instalação de pisos sintéticos em todos os clubes do concelho; a construção do novo posto da GNR de Freamunde; a aplicação da taxa mínima do IMI; o aumento das transferências financeiras para todas as juntas de freguesia; e contra a isenção do pagamento de taxas de construção para jovens até aos 35 anos.

O PSD votou contra a proposta de orçamento apresentada, referindo que “esperava-se que, depois de nove anos de governação desta maioria socialista, este fosse um orçamento de concretização”. No entanto, “mesmo com as preocupações manifestadas pelo PSD de Paços de Ferreira ao longo dos anos, fica o registo que os investimentos estruturantes para o concelho continuam, orçamento após orçamento, adiados na sua materialização”, refere um comunicado do PSD de Paços de Ferreira.

“Aproveitar os fundos comunitários disponibilizados ao abrigo do PRR é fundamental para que o concelho possa conquistar os investimentos que pecam por tardios. As candidaturas agora em curso, que registamos com agrado e já votadas favoravelmente pelo PSD, sejam efetivamente concretizadas e que permitam reverter a estagnação que o concelho viveu nos últimos anos, provocada por uma governação socialista sem estratégia de desenvolvimento integrado do território”, pode ler-se no documento, que refere ainda que, “mesmo com o mérito de algumas propostas constantes neste documento, que o plano de recuperação e resiliência possibilita”, continua-se a assistir “a uma gestão ziguezagueante, onde a dotação financeira dos projetos é frequentemente colocada e retirada dos planos plurianuais nos orçamentos, demonstrando uma clara falta de rumo e objetividade na governação”.

Para a concelhia do partido, neste orçamento, “fica mais uma vez manifestada a barreira ideológica desta maioria socialista, onde a incapacidade em delegar ou estabelecer parcerias é notória”, lamentando ainda que, “relativamente às propostas do PSD ao abrigo do estatuto do direito de oposição se tenha tornado um hábito não as valorizar, ignorando-as, implantando-as nos orçamentos seguintes como medidas suas”.

“Apesar das obras anunciadas, que votamos favoravelmente, a linha estratégica que está presente é da continuidade de municipalização do concelho. A exclusão do setor associativo empresarial e social permanece, o que para o PSD é um obstáculo ao desenvolvimento do concelho”, aponta ainda.

O presidente da câmara municipal, Humberto Brito, desafiou os vereadores do PSD a votarem contra as propostas enunciadas acima.

Para o PS, o PSD, “além de desqualificar e desrespeitar a população do concelho, numa atitude de manifesta arrogância e sobranceria, passa um atestado de menoridade aos cidadãos do concelho como se fossem incapazes de avaliar o trabalho realizado e decidir em consequência o que é melhor para o concelho e para si próprios e que nos últimos três atos eleitorais tem escolhido o Partido Socialista para governar a câmara municipal”.