0 foto lucia resende
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“A humildade une. E agrega. Não olha de cima para baixo. Nem de baixo para cima. Olha sempre de igual, para igual. Cresce e faz os outros crescer. Nunca medra do enfraquecimento do outro. (…) 

A humildade é para quem é superior. Para quem sabe, que não é menos que os outros. Mas sabe que não se é mais que ninguém. (…) É como uma flor de jasmim: simples e graciosa. Com um aroma denso e subtil. Que por onde passa, deixa o seu perfume espalhado. E mesmo assim, não lhe retira beldade. Ainda lhe acrescenta maior beleza… A bela e modesta forma, de ser humildade…”

A humildade admite. A inteligência aprende. E a maturidade corrige. É o mote do caráter nobre e altivo, da inusitada forma de se ser humilde. E feliz é aquele, que o sabe ser. Que a humildade vive dentro do seu coração. E nos princípios e valores, lhe reina. Feliz de quem é humilde. Singelo nas palavras e nos atos. De quem tem modéstia, mesmo quando a ausência da mesma seria plausível. Ou evidente. E até mesmo… talvez mais adequada. Mas, na simplicidade de se ser humilde, se faz grandioso. Por desse sentimento o ter e praticar. Por saber estar. Saber ser e saber reconhecer. Na total despretensão da adulação, da grandiosidade e da imponência. Do exuberante e da ostentação. E da supremacia e importância de se querer destacar. De parecer mais que os outros, sem, por vezes, o ser. Querer prevalecer e sobressair. Em egoísmo e superioridade, pela necessidade de se manifestar.

Com pureza no coração e na alma, a humildade une. E agrega. Não olha de cima para baixo. Nem de baixo para cima. Olha sempre de igual, para igual. Cresce e faz os outros crescer. Nunca medra do enfraquecimento do outro. Desce sempre, que é preciso descer. Sobe, quando é para subir. Segue o seu caminho. Rumo seu, sem ser por cima de ninguém. E sem nunca esquecer aqueles que ajudaram a segui-lo. Oferece o seu melhor aos outros. Oferece! Não impõe! Nem tão pouco se impõe. 

Numa sobriedade sóbria e soberba de se ser, a humildade é para quem é superior. Para quem sabe, que não é menos que os outros. Mas sabe que não se é mais que ninguém. E deste conceito, tão humilde e tão pouco, do muito que é… a humildade vive da modéstia e da grandiosidade, do mérito que ela tem. Não fica dependente e submissa a um elogio. E porventura, fica sem jeito de ser, depois de o receber… Grata apenas! Agradecida! E não engrandecida. Por isso, a humildade consiste em muito saber, mas pouco se vangloriar. Não medra da aclamação da sua própria vanglória. Não vive de exibição e ostentação. Mas reconhece e admite as suas qualidades. E igualmente os seus defeitos. Exibe os seus talentos, sem se sobrepor aos dos outros. Utiliza-os ao serviço de todos. Sem necessidade de se colocar num altar.

A humildade não depende de bajulações, nem enaltecimentos, para fazer o que é o correto de se fazer. Tem uma opinião veiculada. Própria e arreigada. Mas sabe aceitar outras opiniões. Das quais sempre aprende, sem perder a sua essência. Ela existe na simplicidade de tudo ver, de igual para igual. Possui a conduta exemplar da igualdade. E de empatia. Que se verga em grandeza e superioridade. É como uma flor de jasmim: simples e graciosa. Com um aroma denso e subtil. Que por onde passa, deixa o seu perfume espalhado. E mesmo assim, não lhe retira beldade. Ainda lhe acrescenta maior beleza… A bela e modesta forma, de ser humildade…

Texto de Lúcia Resende