cheika sidya
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O calendário Islâmico vai celebrar o Ramadão deste ano entre o dia 28 de fevereiro e o dia 29 de março, marcando o nono mês do calendário lunar Islâmico, esta celebração da religião Muçulmana é marcada por períodos de jejum, reflexão e adoração para muçulmanos de todo o mundo.

Um mês dedicado ao crescimento espiritual e ao perdão, os praticantes devem fazer jejum e abstinência entre as quatro da manhã (hora do nascer do sol) até às 21h00. Comer, beber, fumar ou ter relações sexuais é probido e os fieís devem rezar cinco vezes por dia.

Cheika Sidya Baba Thiam, jogador de futebol pelo São Lourenço do Douro, no concelho do Marco de Canaveses, vai celebrar “este momento especial para todos os muçulmanos”, cumprindo o Ramadão uma obrigação religiosa que o atleta cumpre desde infância.

O jogador de 25 anos veio do Senegal para Portugal e trouxe consigo este “tão importante” costume da religião Islâmica. “Todos os anos, os muçulmanos passam por este momento especial”, começa por explicar o atleta.

Durante o mês de Ramadão “toda a gente pede perdão pelos pecados cometidos ao longo do ano e fazemos isso através do jejum e da oração”, elabora. Uma passagem “obrigatória” para todos os fieís da religião, este mês de abstinência não significa só sacrificío mas também simboliza um período “onde tentamos fazer o nosso melhor, evitando cometer pecados e tentando ser corretos em todos os aspetos da vida“, acrescenta Cheika Sidya.

Um momento “importante para a minha religião e saúde”, o atleta garante que gosta de cumprir o Ramadão. “Já cumpro esta tradição desde os 12 anos, já estou habituado a fazer o jejum por isso, para mim, já não é tão difícil”, salienta o jogador.

No entanto, “este é um período que deve ser passado em família e infelizmente não posso estar com eles”, lamenta o jovem do Senegal.

Assim, este ano Cheika Sidya volta a cumprir o Ramadão e à semelhança de outros anos o atleta já sabe “que nos últimos dez dias de ramadão vou ter de rezar mais do que no resto dos 20 dias do mês. Por norma rezamos entre cinco a dez minutos, no período final não, temos de rezar pelo menos uma hora seguida”.

Conciliar o desporto e religião também já se tornou um hábito e o jovem adianta que ser enfrentar esta fase enquanto atleta “depende de pessoa para pessoa, para mim normalmente não é dificíl mas depois dos jogos é sempre mais complicado, tenho sempre mais fome e sede depois dos jogos”, admite.

Em termos de preparação, os treinos “são todos normais” mas para se preparar para o esforço dos jogos “bebo muita água na noite antes do jogo e como muitas tamaras para conseguir ter energia no dia a seguir”, conclui o jogador.