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Ultimamente, muito se tem falado sobre as vantagens e desvantagens da inteligência artificial enquanto um dos grandes motores da revolução digital. 

No entanto, mesmo que não tenhamos dado conta, esta já é usada em muitas áreas quotidianas, sobretudo na prestação de serviços: no apoio ao cliente de muitas empresas e na definição de perfis em plataformas de vendas online e de streaming de conteúdos de entretenimento, por exemplo, de forma a facilitar as nossas escolhas. 

Neste artigo, são analisadas que tipo de plataformas já utilizam inteligência artificial para otimizar a autonomia dos utilizadores.

Um crescimento inevitável

Devido à sua popularidade, tem sido grande o investimento tecnológico na área do entretenimento, para conseguir a satisfação massiva dos utilizadores.

Desde a década de 2000 que as plataformas digitais de streaming têm vindo a popularizar-se, em muitos casos, substituindo os meios de entretenimento convencionais. 

Atualmente é muito comum haver casas em que não existe televisão e apenas plataformas como Netflix, HBO e as suas congéneres. Da mesma forma, já é difícil atualmente encontrar quem tenha e utilize um leitor de CD ou outro dispositivo físico para ouvir música (embora o revivalismo do vinil tenha vindo baralhar um pouco estas contas).

Por exemplo, em 2022, quase 50% dos portugueses já subscreviam uma conta de streaming, tornando-se difícil imaginar o entretenimento atual sem ter em conta este tipo de serviços.

Além disso, chamando a inteligência artificial à conversa, muitas dos serviços mencionados cresceram, exatamente pela autonomia que lhes é dada. Vejamos alguns exemplos.

Plataformas de streaming de conteúdos audiovisuais

Estas plataformas não pretendem substituir os cinemas, mas sim acrescentar diversidade e comodidade à escolha dos utilizadores. Efetivamente, elas permitem que assistamos em qualquer hora ou lugar a centenas de séries e filmes de todos os géneros (comédia, ficção científica, documentários, etc.) sem que tenhamos de nos deslocar ou estar num lugar específico para assistir a estes conteúdos, o que é muito prático.

Além disso, conseguem entender os padrões de visualização e sugerir automaticamente séries e filmes, de acordo com os conteúdos visualizados anteriormente.

O mesmo se aplica a plataformas de streaming de música, podcasts e audiobooks, que passaram a disponibilizar catálogos virtualmente infinitos de títulos para podermos ter acesso aos mesmos de forma imediata em viagem, em casa ou enquanto praticamos exercício físico. Isto, sem termos de estar presos a dispositivos que necessariamente não podem disponibilizar as centenas de títulos a que atualmente podemos aceder nos nossos smartphones, em qualquer hora ou lugar.

Escusado será dizer que, têm na sua configuração, também, o mesmo tipo de algoritmo inteligente, para captar o curso de utilização do utilizador. Todos os conteúdos são sugeridos mediante experiências anteriores. Sendo que, no que toca à vertente áudio, até é possível aglomerar estilos e compilar preferências. 

Plataformas de Gaming e iGaming

No mundo dos jogos, os distribuidores também tiveram a preocupação de flexibilizar o acesso a conteúdos, através da criação de serviços de subscrição como o Game Pass (Xbox) e a PSN (Sony PlayStation), onde os jogadores têm acesso, a vastos catálogos de títulos. Assim, os utilizadores não têm de adquirir os jogos para os poder jogar, o que permite reduzir gastos.

Este tipo de subscrição, também têm um perfil automatizado de sugestão, onde é possível comprar e subscrever “jogos semelhantes” aos que são mais jogados.

Já no setor do iGaming, também foram criadas plataformas que trazem consigo um nível de inteligência artificial. O motivo? A criação de um sistema de jogo transparente e justo.

Os algoritmos inteligentes das operadoras de jogo online, trabalham este tipo de programas para garantir que os utilizadores conseguem interagir com a plataforma de forma segura e sempre com a sensação que não existe batota.

Além disso, estas plataformas permitem experiências virtuais mais personalizadas do que teríamos numa sala real. Por exemplo, os jogadores que se iniciam no poker ou que pretendem recapitular regras e conceitos, têm nestas plataformas guias sobre as mãos de poker para poderem sentir-se mais seguros nos seus jogos. Na mesma lógica, é possível começar por jogar com dinheiro fictício e progressivamente avançar para partidas com dinheiro real.

Dominadas as regras e os conceitos do jogo, os utilizadores podem depois optar por diferentes variedades de jogos (Texas Hold’em, Ohama Hi e Lo) e decidir se preferem ring games ou participar nos vários tipos de torneios disponíveis.

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Com efeito, a diversidade de escolhas acessível aos utilizadores é bastante extensa, conferindo-lhes grande autonomia de entretenimento.

Por outro lado, com este tipo de plataformas e com a atual tecnologia digital, tudo converge no sentido de melhorar experiências e de as tornar mais ricas numa lógica de complementaridade. Ainda que as opções à disposição dos utilizadores sejam perfeitamente autónomas e satisfatórias, não há como negar o impacto da inteligência artificial para um bom fluxo de diversão!