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Há 10 anos que o Bando das Gaitas tem vindo a animar arraiais e bailaricos e, recentemente, também casamentos. Do jazz à música clássica, são 11 os músicos que compõem o grupo que, ao longo dos anos, tem tido algumas mudanças.

Foi num desfile de Carnaval que começaram a tocar as primeiras músicas, mas ainda miúdos encararam o momento como “uma brincadeira. Há 10 anos, sem ninguém contar, participarmos num desfile de Carnaval. Na altura havia outro grupo parecido com o nosso e juntamo-nos para fazer o despique na brincadeira”, recorda Cristina Baptista, porta-voz do grupo.

Carnaval, 2012

Entretanto, a “profissionalização” do Bando das Gaitas aconteceu “cerca de dois anos depois” com um projeto de teatro em colaboração com a Jangada de Teatro. “Éramos a parte musical da peça e foi aí que realmente o grupo se solidificou, com um projeto mais sério, mais profissional. Tínhamos entre 14 e 18 anos”, conta.

O grande Cortejo – A peça de teatro com a companhia Jangada de Teatro

Seguiram-se convites para animações e um “crescimento que demorou o seu tempo, porque tivemos também de crescer a nível profissional para podermos aceitar certos desafios”.

Segundo a porta-voz, a maior parte dos elementos são profissionais ligados ao ramo da música, com formação superior na área, sendo que três deles se encontram fora do país. E, embora cada um tenha “seguido o seu caminho”, o Bando das Gaitas é agora “uma oportunidade para estarmos todos juntos e partilharmos aprendizagens e conhecimentos diferentes”, garante.

Errenteria, 2015

O Bando das Gaitas define-se como uma street band que evoluindo e adaptando às necessidades. “Quando foi criado não era um conceito muito conhecido. Mas fomos crescendo e adaptando ao reportório que achávamos mais indicado”. O nome surgiu “para tentarmos chegar mais perto do público. Quando as pessoas olham para um instrumento, o que dizem? gaitas. E como não é uma banda, mas sim bando, ficou esse nome”, conta Cristina Baptista.

Ao longo de todo o ano, o Bando das Gaitas percorre vários eventos, mas é no verão, Carnaval e Natal que se concentra o maior volume de atuações. A comemorar 10 anos de existência, este ano realizaram várias atividades, mas houve duas “mais especiais. Nas Festas de Lousada e nas Sebastianas juntamos todos os que colaboraram com o grupo até à data, porque, isto é, mais do que tocar música. Fica a amizade e os momentos que marcam e, este ano, foi mesmo especial por isso”.

Os encontros acontecem também nos ensaios que o grupo vai realizando, porque “tudo o que se vê num espetáculo tem uma grande preparação por trás. Dependendo dos projetos, fazemos a preparação nas fases com menos trabalho, mas ensaiamos mais quando é necessário renovar temas ou colocar outros novos”, revela.

Dez anos depois, o grupo apresenta um conceito “diferente do inicial”, até porque como diz Cristina “a nossa fase de vida é também diferente do que era no início“, mas a animação “de sempre”.

A evolução é acompanhada pelos lousadenses, mas também pelos sítios onde levam a animação. “Já atuamos em vários locais da região e fora do país também. Temos um espetáculo adaptado a cada momento”.

Brevemente, o grupo vai participar num projeto de teatro, “Terra Queimada”, com quatro concertos agendados, para além da animação de Natal.

Para acompanhar o trabalho do Bando das Gaitas basta seguir as redes sociais do grupo (Facebook, Instagram e Youtube). “Vamos sempre publicando coisas novas e estamos sempre a adaptar-nos e aceitar cada vez mais desafios para o grupo e para quem nos ouve”, finaliza.