catarina soares praxe penafiel traje isce
Publicidade

Catarina Soares é “Dux” no Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE) do Douro, por outras palavras, é uma das representantes da praxe na faculdade de Penafiel.

Em conversa com o Jornal A VERDADE, Catarina começa por explicar que, de acordo com as suas vivências, a praxe “é significado de união, de conhecer novas pessoas, fazer amizades, respeito e diversão”.

No caso da faculdade de Penafiel, a praxe decorre “em conjunto. São vários cursos, por isso, conseguimos fazer amizades e conhecer várias pessoas do ISCE e não ser só do nosso curso”, acrescenta.

“Segurança” é uma das palavras-chave na praxe. A jovem conta que no primeiro dia da receção aos caloiros fizeram diversas questões sobre a saúde, de forma a “garantir que se, eventualmente, acontecer alguma coisa, sabermos como agir. A primeira coisa que temos em mente é a segurança de todos os caloiros e doutores”.

Por isso, no início do ano letivo, a “Dux” convidou “toda a gente a dar uma oportunidade à praxe, se não gostarem pelo menos têm um motivo para dizer porque não gostaram. É preciso vivenciar para depois termos uma opinião sobre a praxe”.

Para além disso, também desmistifica o uso do traje, já que a endomentária “não está associada à praxe, porque é académica e qualquer pessoa o pode ter”.

whatsapp image 2022 10 05 at 15.23.40
Foto: Catarina Soares

Outra ideia que quer deixar presente é que a praxe “não é obrigatória e que, por exemplo, durante a mesma realizamos jogos e atividades com os alunos do primeiro ano. Não quer dizer que eles sejam obrigados a fazer, se a pessoa não se sentir confortável, não quiser, não faz, é uma opção”, realça.

No que toca aos comentários e visões anti-praxe, Catarina responde que é “falta de conhecimento da realidade do que é a praxe neste momento, até porque não ouvimos falar de situações assim tão regulares de momentos negativos, as pessoas guiam-se um bocadinho pelo que acontecia há alguns anos”.

Apesar da praxe “não ser obrigatória”, tem “regras obrigatórias”, entre elas, Catarina enumera algumas: “não podemos praxar sem termos uma colher de praxe, só podemos praxar em sítios próprios, não podemos praxar de baixo de teto… se numa discoteca fizerem alguma coisa, é por vontade própria, porque a pessoa não está em praxe”.

Por fim, explica que no ISCE “nunca foram ultrapassados os limites e no dia em que forem essa pessoa será expulsa da praxe”.

Aos novos alunos deixa a mensagem que “devem dar uma oportunidade à praxe, é sempre um bom momento para conhecer pessoas, fazer amizades. É das melhores recordações que eu tenho, acho que toda a gente devia passar por isso”.