O Município do Marco de Canaveses aprovou, em reunião de executivo, realizada no passado dia 29 de novembro, o maior orçamento da sua história, no valor de 62,5 milhões de euros, conforme comunicado enviado pela autarquia ao Jornal A VERDADE. Este montante representa um aumento de 21,2% face ao orçamento de 2024.
De acordo com Cristina Vieira, presidente da câmara municipal, este crescimento “vem consolidar o progresso social e económico que vem sendo realizado ao longo dos anos mais recentes, com forte aposta em áreas estratégicas como água e saneamento, habitação, educação, vias de comunicação, infraestruturas e apoio ao associativismo, assegurando também o forte investimento em todas as freguesias”.
O orçamento prevê receitas correntes de 43 milhões de euros e receitas de capital de 19,4 milhões de euros. Segundo o vereador Nuno Pinto, responsável pelo pelouro das Finanças, “este orçamento é ambicioso, mas assenta num grande rigor da gestão financeira do município, o que possibilita níveis de investimento público nunca vistos e que permitirão avanços em áreas fundamentais para a afirmação do nosso concelho e para o bem-estar dos marcoenses”.
No lado das despesas, estão previstos 30,3 milhões de euros para despesas correntes, assegurando o “reforço de serviços essenciais e as transferências atualizadas para as freguesias, em conformidade com a inflação e o aumento do salário mínimo”. As despesas de capital somam 32,1 milhões de euros, com destaque para o Plano Plurianual de Investimentos (PPI), que atinge um valor histórico de 29,8 milhões de euros.
Conheça os investimentos previstos no orçamento municipal
Água e Saneamento – Com 9,3 milhões de euros reservados para 2025, a área de água e saneamento receberá obras significativas, como a execução da ETAR e redes de Agrela e Constance, o reservatório de água de Vila Boa de Quires, e novas redes em freguesias como Bem Viver e Alpendorada, Várzea e Torrão.
Habitação – A Estratégia Local de Habitação prevê um investimento de 6,4 milhões de euros em 2025, com apoio do PRR e do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). Este montante será aplicado na construção de novos fogos habitacionais e na requalificação de edifícios escolares sem uso.
Infraestruturas rodoviárias – O município destinará 7,1 milhões de euros à modernização de estradas e ordenamento do território, com obras como a requalificação da Rua Dr. Manuel Vasconcelos e da Estação do Juncal, além da construção de passeios.
Educação e Lazer – Para o setor da educação, estão previstos 835 mil euros iniciais para a requalificação da EB 2/3 Carmen Miranda e o programa “Escola Mais”. Já os projetos de desporto e lazer terão 1 milhão de euros, incluindo a requalificação da Piscina da Livração e a expansão do Parque Urbano.
Turismo e Proteção Civil – Na área do turismo, 2,1 milhões de euros serão alocados à requalificação da Casa dos Arcos, futura sede do Centro Interpretativo do Vinho Verde. Para a proteção civil, o PPI inclui 346 mil euros destinados à renovação da frota e criação de novas Unidades Locais de Proteção Civil.
Investimento nas freguesias – O orçamento reforça o compromisso com obras de proximidade, alocando dois milhões de euros para intervenções em freguesias, como pavimentações e construção de muros, valores seis vezes superiores aos de 2017.
De salientar que o orçamento será agora submetido à Assembleia Municipal para deliberação e votação no próximo dia 17 de dezembro, representando, segundo o executivo, “um passo crucial para o desenvolvimento sustentável e coeso do concelho”, finaliza a nota de imprensa.
