camara marco
Publicidade

A Águas do Marco, com aprovação da ERSAR, apresentaram um aumento das taxas de água e saneamento para 2023 em 36%. Neste sentido, o município do Marco não concordou com a proposta e “conseguiu travar o aumento para quase metade”, ou seja, 19%.

Neste sentido, a Câmara Municipal do Marco de Canaveses aprovou esta sexta-feira, dia 13 de janeiro, a proposta de revisão do tarifário da água e saneamento para 2023 com base num memorando com a empresa Águas do Marco. 

À semelhança de anos anteriores, a empresa submeteu uma proposta de revisão tarifária à autarquia, na qual o aumento proposto foi de 36%. “Este aumento é baseado no contrato de concessão celebrado em 2004, que prevê a revisão das tarifas com base na inflação, aumento dos preços de energia e de mão de obra, e foi aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR)”, explica o município em nota de imprensa, no entanto, a proposta não foi aceite.

Neste sentido, a câmara contrapôs com uma redução do aumento para cerca de metade: 19,11%. A presidente, Cristina Vieira, referiu que “apesar deste aumento, o Marco de Canavese continua com tarifários abaixo de concelhos vizinhos como Amarante, Baião, Penafiel, Paredes, Lousada e Cinfães. Ainda assim, o Executivo não está satisfeito e tem consciência que continua a tratar-se de um aumento que pesa no bolso das famílias”.

Por esse motivo, acrescenta que “estamos a trabalhar em medidas que possam diminuir o seu impacto. Os marcoenses podem ficar seguros de que fizemos o melhor acordo possível tendo em conta o contrato de concessão que herdamos e temos de cumprir. O município, liderado pelo PSD, já seguiu pela via do litígio no passado e hoje temos uma fatura de cerca de 30 milhões para pagar à empresa fruto dessa irresponsabilidade. Pior, temos também um processo que arrastou o município para os tribunais e atrasou o expansão das nossas redes de água e saneamento. Não vamos cometer o mesmo erro e seguir pela via do populismo. Somos intransigentes na defesa dos marcoeneses e isso implica uma governação responsável como a que seguimos”, afirma Cristina Vieira. 

Na contestação do município está assim incluída a redução do aumento na fatura, bem como, a eliminação da tarifa de contador que estava a ser aplicada até agora e uma cláusula que trava o aumento da tarifa nos próximos três anos. 

Assim, o objetivo final é “resolver o conflito” com a Águas do Marco, em 2023, para dar fim a um contrato de concessão “penoso” e que se “arrasta nos tribunais há 16 anos”.