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A Escola Secundária Joaquim Araújo, no concelho de Penafiel, foi palco para o encerramento da formação em Suporte Básico de Vida (SBV). O município e a ANESC entregaram certificados a 760 alunos do 11.º ano de escolaridade do concelho de Penafiel.

O presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa, descreveu esta formação como “muito importante” e deixou uma palavra de felicitação aos alunos: “vocês representam os mais de 760 alunos do ensino secundário de Penafiel que ao longo deste mês frequentaram esta formação e estão tecnicamente habilitados a socorrer vidas. Sinto orgulho porque foi neste concelho que aconteceu o impulso. O projeto vai continuar e queremos a cada ano formar mais 760 jovens penafidelenses”. 

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Filipe Serralva, diretor médico do projeto “SOMOS UM”, referiu-se à formação como “uma questão de inteligência. O INEM fez um estudo de oito anos em que analisaram 160 mil casos de paragem cardiorrespiratória e viram que quando se faz SBV a probabilidade de sobreviver era mais de dobro, isto é, uma diferença de 3.4 para 7.4. Isto é uma estratégia social de sobrevivência e uma forma de mostrarmos aos alunos o valor da coisa mais importante que há que é a nossa vida. Espero que inspire outras pessoas e concelhos”.

Jorge Brandão, coordenador do projeto “SOMOS UM” e pioneiro da ideia, confessou que foi “um desafio muito grande criar este projeto já certificado” e adiantou que estão “em aprovação dois projetos científicos para estudar a melhor idade para se começar a dar estas formações em SBV e em casos de AVC. Para além disso, está a nascer um projeto no seio das crianças mas direcionado para os pais, técnicos auxiliares de saúde e educação e educadores, para depois eles ensinarem as crianças”. Jorge Brandão terminou por apelar “para a partilha de informação com pessoas e nas redes sociais. Sejam agentes da Proteção Civil”. 

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O presidente da ANESC, Pedro Luís, falou do desejo de “atingir uma cobertura de 100% de alunos formados porque somos muito precários na formação em SBV e precisamos de promover uma mudança. Faz sentido começar na escola e vão, certamente, no futuro promover a mudança”. No fundo, este foi o “grande propósito” desta associação.

Luís Lobo, diretor Regional do Norte da DGEstE, defende que “é na escola que tudo acontece e aqui devemos educar também para a literacia de saúde. No futuro, terão de lidar noutros contextos, mas certamente conseguirão estar mais calmos. Por enquanto, passem a mensagem para que daqui a alguns anos toda a população de Penafiel esteja preparada”. Já Daniel Gil, em representação do diretor regional do INEM, acrescentou que são “gestos simples que salvam vidas. Somos todos agentes de Proteção Civil, contribuímos para o bem estar de todos e juntos somos mais fortes”. 

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Mariana Carvalho, presidente da CONFAP, relembrou que “em cada 100 pessoas só 19 são ajudadas na via pública, isto é muito pouco, porque as que são ajudadas têm uma probabilidade maior de sobreviver e de recuperar. Se nós conseguirmos conversar sobre estes temas fora da sala de aula vamos potenciar e abrir mentes porque é mesmo necessário olhar para a saúde de uma maneira mais próxima. Estes atos vão ajudar toda a equipa que chegar a seguir”.

Na formação esteve ainda o diretor do Agrupamento Joaquim de Araújo, Amândio Azevedo, o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do AEJA, Raúl Ribeiro, o enfermeiro Pedro do INEM e membro da ANESC, a inspetora Estrela como representante da Associação de Pais e Encarregados de Educação do AEJA e os formadores. 

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Foto-galeria da formação de Suporte Básico em Vida