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Esta quinta-feira, dia 18 de abril, o Município de Felgueiras vai realizar, em colaboração com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, uma “Noites dos Livros Censurados”.

Este evento surge no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, mas também em resposta ao desafio lançado pelo Plano Nacional de Leitura para a realização das “Noites dos Livros Censurados”, que conta com a parceria da APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) e Jornal Público.

No ano em que se comemora os 50 anos do 25 de Abril, este evento literário pretende “celebrar os livros como resistência e o papel que a literatura tem desempenhado no desafio aos regimes, ao longo de séculos”, bem como relembrar “autores que foram e continuam a ser censurados ou banidos”.

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Assim, a atividade permitirá também relembrar a importância dos livros e da leitura. “Pretende-se trazer a leitura para cenários informais, para lembrarmos que os livros não são para ser venerados, nem fechados em armários que os tornaram objetos de exposição. Os livros fizeram parte da revolução, fazem parte das nossas vidas como sociedade e do nosso crescimento. Recusamos a censura na literatura, em qualquer forma ou sob pretexto algum”, realçou a autarquia.

O local escolhido para as “Noites dos Livros Censurados” também não surgiu por acaso, já que foi no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, pelas 19h00 do dia 30 de abril de 1974, que decorreu uma manifestação de apoio ao Movimento das Forças Armadas, tendo discursado Machado de Matos, membro do Movimento Democrático de Felgueiras, António Joaquim de Sousa, Manuel de Jesus Ferreira Leite, estudante; menina Teresa Maria Fonseca Rocha sobre a situação da mulher portuguesa, Fernanda Batista, professora do Ciclo Preparatório, Fernando Luís Teixeira Diogo (estudante e representante da Comissão Concelhia do Movimento Democrático), Rogério Ferreira Lopes e Capitão Barracho, das Forças Armadas.

Desta forma, o Município de Felgueiras conseguiu criar uma “simbiose perfeita” entre um acontecimento histórico que marcou o concelho e o quartel dos bombeiros e o panorama da literatura nacional antes do 25 de abril, celebrando este facto histórico através de “testemunhos, leituras e momentos musicais que farão alguns reviver e outros aprender sobre o verdadeiro significado de liberdade”.