dinheiro reforma
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É comum vermos disparidades nos rendimentos entre homens e mulheres durante a vida ativa, tendência que se sucede na vida inativa e que pode agravar-se.

Em 2022, um estudo do ISEG estimava que as mulheres em Portugal ganhavam, em média, salários 17,2% inferiores aos dos homens. 

Este fenómeno é também visível na desigualdade de rendimentos na reforma, as mulheres portugueses recebem, em média, pensões de reforma 43% inferiores às dos homens, segundo os dados que o Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS) forneceu à CNN Portugal. 

Segundo a mesma fonte, no ano de 2021 os homens recebiam, em média, uma pensão no valor de 657,03 euros por mês, enquanto as mulheres reformadas recebiam, em média, uma pensão mensal de 372,62 euros. 

O fundamento para a diferença de valores “não resulta de qualquer falta de preocupação feminina com a proteção social”, explica o gabinete, antes acontece porque a participação feminina no mercado de trabalho “foi mais reduzida para, sobretudo, assistência à família”.

“Esta realidade tem vindo a ser alterada, apesar de ainda existir maior propensão para a assistência à família ser assegurada pelas mulheres”, destaca a mesma fonte.

Outros dois motivos que são realçados é os salários menores ganhos pelas mulheres ao longo da vida e as carreiras contributivas mais reduzidas. 

“Em 2020, por exemplo, as mulheres a receber pensão tinham em média 23 anos de carreira, por comparação com 33 anos nos homens”, detalha o Ministério do Trabalho e da Segurança Social. “Mas, se analisarmos apenas as novas pensões entradas em 2020, constata-se que as mulheres já têm 32 anos [de carreira], contra 38 dos homens”.