O #MovRioDouro continua na luta pela implementação de bandeiras vermelhas nas praias não classificadas no Rio Douro, com o objetivo de alertar banhistas para a qualidade da água do rio.
Segundo nota de imprensa, o movimento explica que é o terceiro ano consecutivo que “reclamam” à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a colocação de “sinalética visível” nos locais em que se “desaconselha os banhos nas praias não classificadas” do estuário Douro, neste caso, em Vila Nova de Gaia e Gondomar.
No entanto, o próprio movimento tem procedido à colocação de “bandeiras vermelhas (semelhantes às que se usam nas praias da orla costeira) para tentar demover os banhistas de tomar banho no rio Douro“. A ideia “é alertá-los para a má qualidade das águas de um dos maiores rios da Península Ibérica”, acrescentam.
Já que consideram que nos locais em que existem placas de aviso de banho desaconselhado colocadas pela APA é frequente elas “não serem visíveis pela maioria dos banhistas, devido ao seu tamanho reduzido” e, por isso, desafiam “a agência a fazer alterações na sinalética”.
Neste sentido, o mês de julho, foi dedicado à campanha de sensibilização nos areais de Areinho de Oliveira do Douro e Areinho de Avintes, em Vila Nova de Gaia, e irá continuar pelas praias não classificadas do concelho (e também de Gondomar) até ao final da época balnear.
Este ano, o Douro perdeu uma praia fluvial classificada – a de Melres, em Gondomar -, voltando a ficar com a praia da Lomba como local próprio para banhos. Na tentativa de chamar a atenção dos milhares de banhistas que frequentam os areais de Gondomar e Gaia, durante a época balnear, o #MovRioDouro decidiu colocar bandeiras vermelhas nos locais onde o banho é desaconselhado pela APA.
“O cenário não é novo, mas não compreendemos como é que a agência governamental, responsável pela área do ambiente, as autoridades de saúde locais e as próprias autarquias, continuam a assobiar para o lado. Trata-se de um problema de saúde pública que tem vindo a ser ignorado e, em certas alturas, até contrariado. Lamentavelmente vemos municípios a promoverem ‘cenários idílicos’ e a convidarem os munícipes a frequentar estes areais e praticar atividades lúdicas em zonas cujo banho é desaconselhado. É algo surreal”, explica Gustavo Briz, do #MovRioDouro.
O movimento termina, em nota de imprensa, por destacar a inexistência de informação pública das análises da qualidade da água de todos os areais fluviais do estuário do segundo maior rio em Portugal.