O Movimento Mataram o Rio Ferreira e #MovRioDouro vão manifestar-se este sábado, dia 17 de junho, levando a cabo um buzinão até à ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira. Em causa está a “ausência de ações do governo para combater atentado ambiental no rio Ferreira e milhões de euros gastos em ETAR deficiente”, avançam em comunicado.
A concentração irá decorrer às 15h00 na Levada do Souto, em Lordelo (Paredes), e o buzinão até à ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira. Em paralelo, os dois movimentos lançaram um manifesto e planeiam recolher assinaturas junto das populações locais e manifestantes.
Os movimentos exigem “respostas urgentes da tutela em relação ao grave problema ambiental no rio Ferreira”. Em causa está “a utilização de cinco milhões de euros, em dinheiros públicos, na requalificação da ETAR de Arreigada, em 2019, em Paços de Ferreira, para o tratamento dos efluentes despejados no rio Ferreira, que de nada serviram e ainda agravaram a situação, com a quantidade de esgoto tratado a diminuir de 3 333 m3/dia para 1 500 m3/dia”.
No comunicado, os movimentos reportam-se ao dia 6 de abril de 2019, ano que a Câmara Municipal de Paredes anunciou o investimento de 600 a 700 mil euros (do Município de Paços Ferreira) na instalação de uma ETAR provisória e de mais 15 milhões de euros na ampliação da atual ETAR. “Os dois movimentos ambientalistas vêm agora exigir uma resposta e resolução urgentes para um problema com duas décadas e pedem resposta do governo acerca do destino dos milhões de euros já investidos e sobre como planeiam resolver agora o problema, com o triplo do investimento”.
Nadine Gonçalves, porta-voz do movimento Mataram o Rio Ferreira, que há mais de 15 anos luta pelo rio que banha a sua terra natal, Lordelo (Paredes), garante que “chegou o momento de dizer basta. Não podemos tolerar mais a indiferença perante um dos maiores atentados ambientais do distrito do Porto. A gota de água surgiu há umas semanas, aquando do anúncio de uma ETAR provisória e da proposta de ampliação da ETAR Arreigada“.
Em paralelo, os dois movimentos lançaram um manifesto onde pedem “justiça” e planeiam recolher assinaturas junto das populações locais e manifestantes.
