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O Mosteiro de Vilela, em Paredes, acolheu, na manhã deste domingo, dia 25 de junho, a cerimónia de assinatura do Auto de Consignação do início da obra de requalificação do Mosteiro de Vilela, que dará lugar ao futuro Museu do Mobiliário de Paredes e que será o primeiro museu do concelho. 

O presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, em representação do município, assinou o contrato com o empreiteiro vencedor do concurso público, José Oliveira, gerente da empresa J.A.M.O. – Construção E Engenharia Civil, Lda.

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Este será o primeiro museu de Paredes e homenageia uma das principais actividades do município. “Sendo Paredes o maior produtor de mobiliário do país, há muito que se desejava e impunha a criação de um Museu do Mobiliário. Era já uma ideia nossa, desde o início do mandato, e que pudemos dar início neste segundo mandato, transformar o Mosteiro de Vilela num museu dedicado à indústria do mobiliário que nos dê uma perspetiva da história do mobiliário e que tenha um espaço de auditório também para workshops, mas que, simultaneamente, seja um espaço que tenha vida e seja atrativo do ponto de vista multimédia para quem nos visita, nomeadamente, as crianças que apreciam a interação digital”, referiu Alexandre Almeida.

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A empreitada do futuro Museu do Mobiliário de Paredes, orçada em cerca de três milhões de euros, sendo dois milhões de euros comparticipados pelo PRR – Programa de Recuperação e Resiliência. A obra irá durar aproximadamente dois anos, estando previsto, nesta fase, o levantamento de materiais e intervenção no telhado, trabalhos acompanhados por técnicos de arqueologia e património, com o aval da Direção Regional de Cultura do Norte. A obra arrancará em setembro.

A intervenção irá manter a traça do Mosteiro de Vilela, “não alterando as características exteriores e interiores do edifício classificado”, garante o autarca Alexandre Almeida. 

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Recorde-se que o Mosteiro de Vilela, cujas origens remontam ao século X, é um imóvel conventual classificado de interesse público (em 2013) e propriedade do Município de Paredes, desde 2006.

O Museu do Mobiliário terá uma sala de exposição permanente, salas para exposições temporárias, um espaço para demonstrações ao vivo de técnicas de transformação da madeira, designadamente a arte da talha, uma área para uma incubadora de design, um bar e um restaurante. O espólio do museu está constituído por peças doadas que estão a ser alvo de estudo e classificação. “Vamos juntar aqui cultura e lazer numa simbiose perfeita”, destaca o autarca.

O estudo e projeto de requalificação e intervenção no histórico monumento, com 10 séculos de história, é da autoria da dupla de arquitetos Rui Dinis e Henrique Marques, do atelier Spaceworkers, com sede em Paredes. 

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O Museu do Mobiliário de Paredes será, ainda, o ponto de partida do projeto do “turismo industrial” com um roteiro a implementar no território e que incluirá o Parque Temático da Madeira. Segundo se lê em estudos sobre a temática das origens do fabrico de móveis, em Paredes, “o trabalho em madeira e a produção de peças de mobiliário, no concelho, terá começado no Mosteiro de Vilela, pelas mãos dos cónegos regrantes de Santo Agostinho, que ali viveram durante séculos, aproveitando ainda a força motriz do rio Ferreira para serrar e transformar madeira, primeiro para fabricar alfaias agrícolas, charruas de madeira e, só mais tarde, cadeiras e móveis”

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