O tenista Miguel Ribeiro, de 41 anos, pratica a modalidade há seis anos.
Foi em outubro de 2015 que o ténis entrou na vida Miguel Ribeiro, atleta natural de Paços de Ferreira, que começou a praticar a modalidade “numa brincadeira entre amigos”. O que começou por ser um hobby, é hoje uma forma “de superação pessoal” para Miguel Ribeiro que, entre 500 atletas federados com mais de 35 anos, se encontra na 74.ª posição. “Começou por ser um hobby, continua a ser, mas agora vejo as coisas de uma outra perspectiva, muito mais direcionada para os resultados”, sublinha o atleta.
Miguel Ribeiro compete em provas regionais e nacionais contra adversários, “na sua maioria, ex-atletas que entraram muito cedo no ténis e com uma experiência muito grande”, mas o tenista garante que “nunca é tarde para começar um desporto ou um objetivo de vida”.
Prova disso são os últimos resultados obtidos pelo atleta, que em representação do Lousada Ténis Atlântico alcançou um lugar entre os quatro primeiros no Campeonato Regional de Ténis de Veteranos – Taça António Soares Pereira, prova organizada pela Associação de Ténis do Porto.
Como diz o ditado, “a idade é apenas um número” e para Miguel Ribeiro mais do que um número, manifesta-se “em inteligência emocional, experiência e maturidade, pormenores importantes para gerir em campo”.
Para um atleta que começou “tarde” na modalidade, chegar a este patamar “é um ótimo resultado, fruto de seis anos de muito trabalho, treino todas as semanas (físico, técnico e tático)”. Miguel Ribeiro confessa que treina “muito para que esses resultados apareçam”, mas também pratica a modalidade “para desanuviar do trabalho. Tenho uma vida muito agitada, mas faço com que o ténis me ajude a libertar do stress do trabalho e responsabilidade”, acrescenta.
Embora ainda sem torneios conquistados, o tenista apresenta “bons resultados. Cheguei às meias-finais em vários torneios e espero que o meu esforço continue a dar frutos e possa, em breve, ganhar o primeiro torneio a nível nacional”, sublinha.
No futuro desportivo, Miguel Ribeiro coloca nos resultados “o grande patamar. O ténis é um hobby, mas o objetivo passa por chegar ao top 50 a nível nacional, porque estou em 74.º lugar num total de 500 atletas. É o meu melhor resultado até ao momento, mas acredito que conseguirei e depois é ganhar o primeiro torneio nacional”.
Nas maiores dificuldades da prática da modalidade, Miguel Ribeiro aponta para o fator psicológico. “Sinto que fico desgastado porque o ténis impõe muito jogo psicológico e, por vezes, não é fácil gerir”. Para além disso, “jogar com 20 ou com 41 anos não é o mesmo, quer a nível físico, quer a nível psicológico”, salienta.
O ténis é uma modalidade “viciante” para o tenista que passou o “gosto” ao afilhado que é, por influência, jogador de ténis, mas “motiva todas as pessoas” que o rodeiam “ a jogar e a divertir-se”.
A competir em campeonatos regionais e nacionais, no escalão de veteranos, e outras provas pelos país, Miguel Ribeiro, que começou a competir aos 35 anos, treina “três vezes por semana” e garante que “velhos são os trapos. É preciso lutar, haver muita dedicação, estar sempre focado e não desistir. Mas se tudo isso não incluir o gostar, o sentir e o amar, os resultados não aparecem”, conclui o tenista.
