Para além do PSD Marco de Canaveses, a homologação por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto do acordo entre município e Águas do Marco mereceu, também, a atenção de Mário Bruno Magalhães, que considerou "uma atitude muito grave", referindo-se ao comunicado da autarquia que dava conta do fim do litígio.
Após a nota da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, o Tribunal de Contas emitiu um comunicado a esclarecer que se "limitou a devolver o aditamento ao contrato submetido pela câmara por não estar sujeito a visto prévio, uma vez que não se enquadrava no âmbito do objetivo do artigo 46.º da Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas", contrariando a informação da autarquia quando anunciou que o acordo seria remetido ao Tribunal de Contas, para emissão do respetivo visto.
O vereador sem pelouros do município apontou para um "bombardeamento de uma propaganda política" e, em declarações ao Jornal A VERDADE, Mário Bruno Magalhães, que lamentou ter recebido o parecer "apenas ontem (18 de novembro)", afirmou que se trata de um assunto "muito grave" e que "Cristina Vieira não tem condições para exercer o cargo presidente de câmara, porque usou uma entidade pública e prestigiada, como a do Tribunal de Contas, para tentar validar o negócio que estava a fazer, quando o Tribunal de Contas nem sequer se pronuncia sobre aquilo que é o acordo".
O vereador acusa, ainda, a presidente da Câmara Municipal de "isolar" o assunto, "que fica entre Cristina Vieira e a administração das Águas do Marco e não tem qualquer entidade a validar o mesmo acordo. É um negócio quase dito a particular, feito pela presidente, mas que não tem validação de qualquer tipo de órgão, ou seja, desrespeita por completo aquilo que foi o parecer de ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos)" .
A terminar, Mário Bruno Magalhães considera que "a mensagem passada de que os tribunais homologaram o negócio, é gravíssima. É pura propaganda política, desconhecimento e má fé", acrescentou.
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