“Encarar os erros como se fosse algo estritamente necessário para conseguirmos atingir os nossos objetivos”. É desta forma que Mariana Castro, uma jovem penafidelense, vê o percurso escolar e a vida no geral.
Ainda era pequenina e já dizia que queria ser médica para “ajudar as pessoas”, por isso começou, desde cedo, a preocupar-se em realizar um bom percurso escolar para poder entrar na sua primeira opção: Medicina no ICBAS – Centro Hospital Universitário de Santo António, onde ingressou com uma nota de candidatura de 19,77 após ter concluído o 12.º ano com média interna de 20.
No dia em que recebeu o resultado partilha que, em conjunto com a sua família, ficou “muito feliz”, mas não foi um “choque”, já que afinal de contas tinha-se “esforçado” ao longo dos anos e mantinha uma postura “confiante”. Um objetivo alcançado, mas que precisou de “muita persistência. Em primeiro lugar, foi definir para cada disciplina o método de estudo mais viável porque todos somos diferentes e arranjamos formas diferentes, no início é por tentativa e erro para cada uma das disciplinas. Não existe uma regra transversal a todas as disciplinas, é preciso adequar o estudo a cada matéria e isso foi muito importante para o meu sucesso”, explica em entrevista ao Jornal A VERDADE.
O curso de Ciências e Tecnologias exigiu que Mariana Castro aprende-se a controlar o stress e a apoiar-se na família. “Os meus pais foram as pessoas que estiveram sempre lá para me dar a palavra certa na hora certa e quando eu estava stressada foram as pessoas que mais me ajudaram, às vezes precisamos só de um abraço”, afirma.
Para além disso, também encontrou um “escape aos estudos” na guitarra e no canto. De momento, a atenção está direcionada para o curso de Medicina, mas continuar a fazer o que gosta será também uma prioridade: “Quero continuar a cantar, a tocar guitarra, mas o meu objetivo principal é chegar lá, estudar e fazer o melhor que posso”.
Na universidade espera gostar de todas as cadeiras, mas as expetativas são “altas” já que envolve conhecer mais sobre o corpo humano. Apesar da pediatria, nutrição ou área de investigação lhe despertar interesse, por enquanto pretende “ganhar mais experiência” para, posteriormente, tomar “a decisão correta”.
A jovem pretende seguir a mesma regra do secundário: “ser persistente” e também é esse o conselho que deixa a outros alunos: “Muitas das vezes vamos estudar e quando chegarmos aos testes não vamos ter os resultados que estávamos à espera, o que pode ser um bocadinho desmotivador, mas a verdade é que nós precisamos de cometer erros para evoluir enquanto pessoas e para conseguirmos chegar ao patamar que nós queremos. Temos de encarar os erros como estritamente necessários para atingirmos os nossos objetivos”.
A médio prazo espera “continuar em Portugal” para ficar “próxima da família. Eles são muito importantes para mim”, termina.
