dia da mulher
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O “impacto do cabelo na auto-estima” levou Maria Teixeira a optar pela área de cabeleireira e aos 20 anos, enquanto era cuidadora do avô, conseguiu abrir um salão por conta própria em Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses. 

Quando era criança não sonhava em ser cabeleireira, mas com o passar do tempo foi percebendo o “poder” que o cabelo tem “para nós, porque é a nossa imagem e representa a personalidade de cada um”. 

Antes de perceber que era a sua “grande paixão”, Maria Teixeira pensou em seguir a área da psicologia, apesar de não ter optado por esse caminho, entendeu que conseguiria, enquanto cabeleireira, “transformar a autoestima de uma pessoa e saber ouvir. Uma característica fundamental, mas pouco valorizada”. 

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Foto: Jornal A VERDADE
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Maria Teixeira acabou por “ganhar uma carteira de clientes” depois de partilhar alguns penteados que fazia a familiares. A verdade é que “sem planear um início de carreira tão cedo”, percebeu que “estava na hora de arriscar e começar a trabalhar por conta própria” e assim foi. 

Desta forma, para Maria Teixeira “nada é impossível”. Aos 20 anos tornou-se cuidadora do avô que teve um tumor no intestino. Quando decidiu abrir o espaço, teve certezas de que tinha de ser perto dos avós. “Eles são a minha prioridade, se eles precisarem de mim eu estou aqui”. 

Desta forma, o horário de trabalho também é conforme as consultas do avô. Por norma, trabalha de segunda a sábado e entre terça ou quinta opta por ter um dia de folga para além do domingo, o dia de descanso. O trabalho é feito por marcação e, por isso, “simplesmente não marco naqueles dias”, explica. Adiantando que quem quiser marcar deverá fazê-lo com antecedência de três semanas para sábados e de uma ou duas para o resto da semana.

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Foto: Jornal A VERDADE

No salão Maria Teixeira Hairstylist recebe um serviço “personalizado”, o que faz com que “crie uma ligação com cada cliente, quanto mais as vou conhecendo mais percebo o que elas gostam, o que lhes fica melhor. Eu aponto tudo, não só as cores como a personalidade, somos todas únicas”.

Acrescentando ainda que para si é um espaço de “sigilo. Além de estar a mexer no cabelo delas também as estou a ouvir, acabamos por partilhar o nosso dia a dia e as nossas histórias de vida”. 

Apesar de destacar a auto-estima que o cabelo dá, Maria Teixeira refere que tem como prioridade a “saúde do couro cabeludo. Não me preocupo apenas com o resultado no momento, mas como a pessoa fica com o cabelo a longo prazo”.

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Foto: Jornal A VERDADE

A “concorrência” não assusta a jovem cabeleireira porque acredita que “há lugar para toda a gente, assim conseguimos encontrar a profissional com quem mais nos identificamos”. 

Maria Teixeira não deixa de frisar que “não é sorte, é muito trabalho. As pessoas nem imaginam o trabalho que existe por trás de um espaço e de um negócio tão pequenino, mas que já tem muito trabalho aqui investido, muitas horas sem dormir, muita ansiedade”.

A todas as mulheres que pretendem ter negócios aconselha a “colocarem a vossa essência no trabalho e serem originais” e avisa que “é muito difícil porque nós trabalhamos sempre, eu posso não estar no salão, mas estou a trabalhar de outra forma, porque tudo depende de mim”. No fundo, considera que “o negócio é um bebé”. 

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Foto: Jornal A VERDADE

Aos 22 anos a sua maior ambição é “continuar a crescer, quero todos os dias ser melhor. Respeito cada passo da minha evolução. Ainda não estou onde quero, mas sei que um dia vou chegar lá”. Terminando por dizer que “sou grata pelo trabalho que tenho e pelas minhas clientes”. 

Apesar do negócio ser recente, no seu espaço tem recebido meninas de toda a região do Douro, Tâmega e Sousa, Grande Porto e até de terras alentejanas e lisboetas.

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Foto: Jornal A VERDADE