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Maria Marques foi uma das melhores alunas da Escola Básica e Secundária de Alpendorada, terminando o 12.º ano com uma média final de 19,8 valores, no curso de Línguas de Humanidades. 

A agora estudante universitária conseguiu cumprir o que “a partir do 10.º ano, foi sempre a minha escolha e o meu objetivo”, ser colocada no curso de Ciências Políticas e Relações Internacionais, na Universidade Nova em Lisboa. A jovem não esconde a confiança nas suas escolhas. “Acho que o curso que escolhi tem tudo a ver comigo”, confessou. A entrada no curso que “sempre” lhe interessou deixou “um claro sentimento de realização. Sinto-me muito feliz por ter conseguido”. 

A escolha de estudar tão longe de casa é, para a aluna, uma consequência da sua parte mais “aventureira”. Uma característica à qual também atribui o gosto pelo “mundo tão globalizado em que vivemos” e pela área das relações internacionais.

A colocação oficial na universidade lisboeta foi, apesar de tudo, uma notícia que deixou a família “um bocadinho mais assustada que eu”, admite a estudante. E apesar de alguma hesitação por parte dos familiares, a jovem não largou a convicção de estudar na capital. “Sempre soube que era Lisboa”, reforçou. Embora um pouco “reticentes”, os pais apoiaram a escolha da filha. “A partir do momento em que comecei a mostrar resultados, eles perceberam que era mesmo isto que eu queria”, explicou. 

Assim, depois da confirmação da colocação, o próximo passo foi arranjar alojamento na capital, algo que “infelizmente não foi nada fácil”, admitiu. No entanto, “através de amigos conseguimos um contacto e pronto, não foi à primeira, mas conseguimos”, revelou. As residências para universitários eram uma das opções em aberto “mas como não tenho direito à pública” e devido aos preços “caríssimos” de residências privadas, a melhor opção acabou por ser a procura por um quarto ou apartamento particular para arrendamento.  “Há muita procura e os preços estão cada vez mais altos. Mas estou bem, estou muito bem situada”, conta agora mais “animada”.

Ao recordar alguns momentos do seu percurso escolar, a antiga aluna do ensino secundário, olha para as suas escolhas com confiança.  “Se pudesse voltar atrás faria tudo exatamente da mesma forma”. O curso de Línguas e Humanidades foi “sem dúvida, a minha melhor opção”, um curso com o qual  “me identifiquei a 200%”, salientou. A escolha entre o curso de Línguas e Humanidades e Ciências e Tecnologias não foi uma decisão difícil para a antiga aluna. “Creio que se formos bons, temos muitas portas abertas e, sem dúvida, que gostaria e interesso-me por áreas da ciência, mas para a minha vida não é de todo o que eu quero”, esclareceu. 

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Durante a entrevista, Maria Marques atribuiu a sua “atenção” e “participação nas aulas” como as ferramentas que a ajudaram a “fixar a matéria”, descartando a ideia de que estudava todos os dias, “porque não é verdade”.

Mas, para a jovem, sempre houve “vida para além dos estudos”, e admite que “apesar do “esforço durante estes três anos“, houve sempre espaço para uma vida pessoal. “Nunca deixei a parte da socialização de lado, para me dedicar ao estudo, consegui sempre conciliar tudo”. Atividades como “ir ao ginásio e praticar um desporto” foram importantes para a jovem pois, segundo a mesma, estas “ajudaram imenso”, principalmente em momentos de “bloqueio” numa disciplina. “Não sou pessoa de sair para grandes festas ou discotecas, mas adoro ir jantar fora com as minhas amigas. Mesmo quando estávamos na época de preparação para os exames, íamos estudar em sítios diferentes, ao ar livre, estávamos umas com as outras e nunca deixei a parte da socialização de lado”, frisou. 

Por fim, depois de fazer uma retrospectiva dos três anos de ensino secundário, Maria Marques acautela os próximos alunos: “não coloquem demasiada pressão em cima vocês, porque, às vezes, a pressão é a nossa maior inimiga. E, sobretudo, não façam as coisas para agradar aos outros. Mesmo que os outros ponham expectativas em vocês, devem tentar superar-se a vocês próprios, evitar as comparações com os outros, e dar sempre o vosso melhor”.