florista varzea do douro
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O 1 de novembro é para muitos um feriado para descansar e ir visitar os familiares e entes queridos que já partiram, mas para Maria Margarida, florista de Alpendorada, Várzea e Torrão, no Marco de Canaveses, este é um dos dias mais atarefados do ano.

Dedicada à profissão há 17 anos, Maria Margarida, encarrega-se dos arranjos florais dos cemitérios e funerais durante todo ano e por toda a sua freguesia, um trabalho maioritariamente ditado pelo número de encomendas dos clientes.

O Dia de Todos os Santos é uma das alturas do ano em que a florista recebe mais encomendas, “é no natal, na Páscoa e nos Santos que toda a gente gosta de pôr tudo muito mais bonito”, salientou. As pessoas procuram sempre a loja de Maria Margarida nestas festividades para encomendar e comprar um pouco de tudo para decorarem as campas dos seus familiares, para que estas fiquem “no seu melhor”.

A decoração de uma campa é maioritariamente feita através dos arranjos, ramos ou coroas de flores, mas independentemente da escolha do cliente a florista assegura todos os fregueses de que “procuro e gosto sempre de fazer o meu melhor nos meus arranjos”.

A tradição da visita ao cemitério no feriado “ainda se mantém e tenho sempre muitos pedidos e no dia desloco-me pelos cemitérios de Alpendorada, de Várzea e do Torrão para cuidar da campa e deixar os enfeites”, realça Maria Margarida. 

O primeiro dia do mês de novembro é uma data com grande significado para a comerciante: “para mim todos os dias são Dias de Todos os Santos, especialmente para quem já perdeu alguém. Não sei porquê mas neste dia as lembranças dos que já partiram são sempre mais marcantes”. 

florista varzea do douro 1

Ao longo dos anos, as pessoas têm abandonado o hábito de visitar e cuidar da última morada dos seus familiares, “acho que agora deixam esse trabalho mais por conta das floristas não se sente que as pessoas vão tanto ao cemitério”, revela. 

Efetivamente, ao longo do ano estão ao encargo desta loja de Várzea do Douro, dez campas espalhadas pelos vários cemitérios da freguesia, que todas as semanas são limpas e decoradas. “Durante o ano eu ponho no cemitério aquilo que posso por, porque também ninguém pede flores caras, por isso faço sempre aquilo que melhor puder fazer e enfeito e limpo tudo sempre da minha melhor maneira”, reforça Maria Margarida.

O trabalho desta artesã é bastante apreciado pelos seus clientes que “ficam muito gratos” pelo cuidado e e atenção de Maria Margarida, especialmente no caso de encomendas para funerais, para os quais a florista faz um esforço para criar um ramo bonito “para aquelas pessoas que já partiram”.

O trabalho ao longo do ano fica sempre marcado pelas encomendas e pedidos para funerais e apesar do estado mais cabisbaixo dos fregueses o serviço é sempre feito “com um sorriso”.