margarida matos
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Em 2021, Margarida Matos decidiu pôr em prática os princípios de vida em que acredita: “estar atenta ao outro e ajudá-lo da melhor forma que conseguir”. Desde então é dadora de sangue, um ato que considera “simples”, que “pode fazer a diferença na vida de alguém e, quem sabe, se um dia também não precisaremos que alguém o faça por nós”.

A vontade de ajudar esteve sempre presente, anteriormente já tinha tentado doar sangue, mas por “condições de saúde” não conseguiu.

Recentemente, o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto reforçou o apelo à dádiva de sangue dos jovens, revelando que a faixa etária que mais dá sangue no IPO do Porto é a de entre os 25 e os 44 anos, seguindo-se dos 45 aos 65. A faixa etária dos 18 aos 24 é a mais pequena.

Dados que, para a jovem natural de Lousada, podem ser “o reflexo de alguma desinformação. Podemos doar sangue a partir dos 18 anos, por isso, na minha opinião, devia haver uma aposta cada vez maior em ações de sensibilização, por exemplo em escolas, na comunicação social ou centros de saúde”.

Um alerta que deixa enquanto dadora e que considera “fundamental” para o futuro das dádivas de sangue. “Possivelmente iria ter um impacto positivo na nossa sociedade”, afirma.

Sublinhando a desinformação e os mitos em torno das dádivas de sangue, Margarida aborda um dos que está envolto em mais desconhecimento. “Recordo-me de estar com alguém que tinha tatuagens e que achava que por esse motivo não poderia ser dador. Na altura, também desconhecia tal situação e informei-me sobre isso e a verdade é que não passa de um mito. Só não é possível dar sangue durante um período específico após a sua realização, mas depois a pessoa pode fazer dádivas de sangue sem qualquer problema”, explica.

Saber que pode ajudar alguém numa “situação de emergência, numa cirurgia ou até mesmo pessoas que necessitam de sangue frequentemente para fazer determinados tratamentos”, é o que a motiva a dar sangue “sempre que possível”

Numa altura em que os apelos à dádiva de sangue se têm intensificado, a jovem de Lousada não tem dúvidas de que “é importante” fazer chegar essa mensagem. “Deem sangue. Não interessa quem vai beneficiar da nossa dádiva, mas sim, ter em mente que há pessoas que poderão ter novas oportunidades e a possibilidade de recomeçar a sua vida”.

Para ser dador de sangue precisa de ter pelo menos 50kg, idade igual ou superior a 18 anos e ser saudável. Se precisar de mais esclarecimentos pode consultar o site do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), onde encontrará todas as informações relativas às dádivas de sangue e de medula óssea.