jornadas intervencao social
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O Emergente Centro Cultural, no concelho do Marco de Canaveses, acolheu esta sexta-feira, dia 24 de novembro, as Jornadas Municipais de Intervenção Social. O evento, que contou com a presença da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, teve como tema principal a Saúde Social no Envelhecimento.

O evento foi promovido pela Câmara Municipal do Marco de Canaveses, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia do Marco de Canaveses.

A governante, em declarações à imprensa, considerou este tipo de iniciativas como “extraordinárias” uma vez que permitem “fazer uma leitura do terreno, uma identificação das necessidades”, sendo também uma “inspiração. Foi no Marco de Canaveses que, em 2020, numa partilha com o professor Agostinho Marques, que deu uma sugestão sobre o método de testagem nos lares e que aproveitamos. É esta inspiração permanente no terreno que importa realçar. Cada vez mais, as respostas de proximidade são aquelas que fazem a diferença na vida das pessoas. É acreditando nessa proximidade que estou aqui, valorizando e dando os parabéns por estas jornadas, porque aproximam as pessoas e permitem encontrar soluções”.

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Sobre o tema das jornadas, Ana Mendes Godinho considerou ser “um desafio transversal a todo o país”, mas trata-se de “um desafio bom. Permite-nos ter uma grande capacidade de foco. durante a pandemia aprendemos imenso, aprendemos que, articulando entre nós, conseguimos muito melhores resultados e aprendemos também que é preciso mobilizarmos recursos para investir na promoção do envelhecimento ativo e saudável”.

Neste seguimento, a ministra recordou que existem “800 milhões de euros de projetos aprovados no setor social, sendo que 500 milhões são dedicados a respostas para o envelhecimento. Mostra bem a importância e também, diria eu, a legitimidade social que todos ganhamos para priorizar estas respostas, seja no alargamento da capacidade de resposta a pessoas mais velhas, seja também na inovação, encontrando projetos novos”.

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Por fim, a governante deixou três mensagens, de agradecimento e orgulho “pelo trabalho feito por todos, que é extraordinário e, às vezes, invisível”, de “mobilização de recursos, das aprendizagens. Temos de ter respostas integradas”, e, por fim, “de aceleração”, uma vez que “não há tempo a perder. Há muito a acontecer que não pode ser parado”.

Por sua vez, a presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, defende que estas jornadas transmitem “uma mensagem importante e uma mensagem que reflete aquilo que é o sentimento das instituições e dos seus técnicos. Não é por acaso que se fazem estas jornadas, este é um tema muito atual, é um tema que está no diagnóstico da rede social onde estão todos os parceiros que trabalham com a câmara municipal e que têm esta lógica de dinamização da área social no concelho”.

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O envelhecimento ativo “traz desafios ao Governo e às autarquias”, sendo que a presença da ministra Ana Mendes Godinho, “reveste-se de uma extrema importância”, recordando “as várias medidas de apoio às famílias e às instituições que prestam o seu serviço no setor da terceira idade, também através dos programas PRR, no qual o Marco de Canaveses marcou uma presença muito efetiva, com cinco projetos candidatos, onde vamos aumentar a nossa capacidade de resposta para os mais idosos. Há um trabalho extraordinário feito por esta ministra e por isso também se reflete no nosso território e estamos gratos ao por aquilo que tem feito pelo país e incluindo as condições que está a possibilitar para que no Marco de Canaveses possamos também fazer um melhor trabalho na área social”, sublinhou. 

Estas são jornadas “para continuar”, porque se trata de “um momento de reflexão. É preciso percebermos o que é que está a ser feito, o que temos como desafios para o futuro e, no fundo, articularmos com as instituições, porque sem elas o município e também as entidades do Governo não conseguem implementar as suas medidas, é preciso que façamos esta reflexão conjunta. O Governo faz as suas políticas, as autarquias locais e as instituições implementam-nas e, se estivermos todos em consonância, melhor ainda, porque os resultados serão mais seguros, mais frutíferos para a população e para aqueles que beneficiam dos apoios económicos e das políticas do Governo”.

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Maria Amélia Ferreira, provedora da Santa Casa da Misericórdia, defendeu que estas jornadas “são muito relevantes”, destacando a parceria entre as entidades. “O que se ouviu aqui dizer é que, em 2050, Portugal vai ser o país mais envelhecido da Europa e, como tal, temos essa perceção no Marco de Canaveses. Temos já um trabalho, em termos da misericórdia, que eu apresentei de 10 anos de intervenção em diversos domínios, desde a parte da saúde à parte social, à situação de colocar a intergeracionalidade ao serviço do envelhecimento. Nesse sentido, temos já a experiência que podemos pôr ao serviço das pessoas idosas e que temos posto. Tudo em conjunto, com a criação de ERPIS e Unidades de Cuidados Paliativos, permitirá criar no Marco de Canaveses uma situação muito consensual para, de uma maneira muito interativa, apoiar o envelhecimento”.

Para a provedora, é importante “preparar o futuro que é muito próximo, muito de repente ficamos todos velhos. O Marco de Canaveses está a ser um exemplo, a nível nacional, disso e, portanto, é aproveitar e disseminar”.