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O Emergente Centro Cultural foi palco, nos dias 4 e 5 de março, da peça de teatro “Entre Nós”, protagonizada pelos alunos da Companhia dos Bugalhos – Teatro Infantojuvenil da Artâmega – Conservatório das Artes de Marco de Canaveses.

De acordo com Cecília Ferreira, da Artâmega, este foi um espetáculo que abordou “as questões da violência no namoro” e partiu “de um desafio lançado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Marco” à Artâmega. “A ideia da CPCJ, na pessoa da Dra. Paula Matias, sua presidente, era a de proporcionar à comunidade escolar do terceiro ciclo do ensino básico e do secundário a reflexão em torno desta temática tão essencial e que nos toca diretamente a todos. Como se diz na peça, que foi escrita a partir da adaptação livre do livro Amar-te e Respeitar-te, de Jimmy P, mas também a partir de improvisações, reflexões, propostas de personagens e de temas trabalhados pelos alunos, trata-se de falar de amor e de respeito, e de manter bem presente que não há perfil de vítima, nem perfil de agressor, pois qualquer pessoa pode ser vítima, qualquer pessoa pode ser agressora, independentemente da sua idade, do sexo, das habilitações literárias, da etnia, da religião, da cultura, do poder económico ou da orientação sexual”, foi explicado.

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Para Cecília Ferreira, “o importante, e esta é a mensagem forte transmitida pela peça, é que a vítima não é culpada pelo que lhe aconteceu ou está a acontecer e que é possível ultrapassar a situação, pedindo ajuda”.

A peça foi encenada pela professora Cecília Ferreira, que foi também responsável pela dramaturgia do espetáculo, dar corpo e voz a este desafio. “O grupo, constituído por 16 crianças, adolescentes e jovens, entre os 12 e os 18 anos, teve uma prestação exemplar, com grande rigor, profissionalismo e domínio de uma vasta paleta de emoções, conseguindo transmitir uma mensagem que prendeu e tocou o coração de todos, tanto os alunos das escolas, no dia 4, para os quais se apresentaram em quatro sessões ao longo do dia (duas de manhã e duas de tarde), como para a comunidade em geral, no dia 5”, disse Cecília Ferreira.

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Todas as sessões dos dois dias “estiveram esgotadas e contaram com o entusiasmo e o aplauso fervoroso do público, que reconheceu, informalmente, em conversas de corredor e publicações nas redes sociais, que é importante que mais espetáculos desta natureza e com esta qualidade possam acontecer junto da comunidade e do público escolar, no sentido de promover uma maior responsabilização e sensibilização de todos para questões essenciais que merecem a reflexão e a ação de todos, como sendo o bullying, o preconceito, as dependências, o consumismo, a exposição na Internet, entre outras”, concluiu.