O projeto Caerus deu início ao Programa de Educação Parental, que conta com a participação total de 14 pais, que vão trilhar um “caminho de exploração da parentalidade”.
Esta iniciativa tem o objetivo de desenvolver, entre outras, as seguintes aptidões: ser autorizado mais que permissivo, autoritário ou super-protetor; oferecer à criança amor e aceitação e ser sensível às suas necessidades; confiar nas aptidões e no potencial das crianças; ter expectativas apropriadas; ter disponibilidade (tempo) para partilhar experiências com os filhos; ser capaz de comunicar de forma aberta e honesta; ouvir e refletir; ser capaz de tomar decisões e aceitar a responsabilidade por elas; ser capaz de lidar com o stresse e com os conflitos; ser capaz de ver as coisas do ponto de vista das crianças.
Os pais vão fazê-lo ao longo de 14 encontros, caracterizados, de acordo com o projeto Caerus, “pela partilha, pelo treino de competências, pela prática de algumas estratégias de desenvolvimento de relações entre pais e filhos, tais como brincar, elogiar e estratégias positivas de disciplina”.
O Agrupamento de Escolas Carmen Miranda vê “no desenvolvimento destes programas uma oportunidade acrescida de trabalho e desenvolvimento com as famílias dos alunos, disponibilizando a equipa de serviço social do GAA – Gabinete de Apoio ao Aluno”.
No final da primeira sessão, em que os pais estabeleceram os objetivos específicos da sua participação no programa, estes manifestaram “o desejo e motivação de continuarem a participar e de dedicarem um tempo extra aos seus filhos e às suas famílias. O ambiente foi de partilha, respeito, diversidade de experiências parentais”, foi referido pelo Caerus, em comunicado.
O Programa de Educação Parental insere-se na atividade oito do Plano de Ação do CLDS4G: apoiar processos de qualificação familiar dos agregados familiares, rendimentos com crianças, designadamente os que propiciam a informação sobre os seus direitos de cidadania, o desenvolvimento de competências dos respetivos elementos e de aconselhamento em situação de crise, ou seja, através de programas de competências parentais, baseado em evidências (+família+criança+jovem), e de ações de acompanhamento, monitorização das estratégias parentais desenvolvidas e de mediação e intervenção em situação de crise, em articulação com as equipas de intervenção social, prevenindo sobreposição de respostas, e prevenindo estigmatização dos públicos através do desenvolvimento de ações na comunidade (escolas).