bebe nascimento neonatalFoto: Aditya Romansa/Unsplash
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A grávida com COVID-19 que está internada e ligada à ECMO – um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos, no Hospital de São João, no Porto, é natural de Penha Longa e Paços de Gaiolo, no concelho de Marco de Canaveses. A mulher de 35 anos, chegou ao Hospital de São João na passada sexta-feira, dia 7 de janeiro, oriunda do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, após complicações causadas pela infeção por COVID-19.

A marcoense, que não estava vacinada contra a COVID-19, acabou por dar à luz esta quarta-feira, dia 12 de janeiro, na sequência de uma cesariana programada. Em conferência de imprensa realizada ao início da tarde desta quinta-feira, , a diretora do Serviço de Obstetrícia daquele hospital, Marina Moucho, garantiu que o parto “decorreu sem complicações, houve todas as condições para receber o bebé em segurança. Mãe e bebé estão bem”. O bebé é um rapaz, chama-se Santiago, e nasceu com 2.420 quilos. A diretora acrescentou também que o parto foi realizado “com a mãe ligada à ECMO”.

Por sua vez, e na mesma conferência, o diretor de Neonatologia do Hospital de São João, Henrique Soares, garantiu que “o bebé nasceu bem, a chorar e com bom peso para a idade gestacional – 34 semanas”. Para além de todos os exames realizados, que confirmaram que o pequeno Santiago se encontra “de boa saúde”, o bebé foi também testado à COVID-19, tendo dado negativo. O diretor defende que é “altamente improvável que numa segunda testagem que vai ser feita dê positivo”.

Por fim, o médico explicou que o bebé terá alta hospitalar quando a mamar sozinho, não estando “dependente da alta hospitalar da mãe”.

Mãe e o pequeno Santiago encontram-se separados, uma vez que a progenitora se encontra internada na Unidade de Cuidados Intensivos do hospital.

Relativamente ao estado de saúde da marcoense, Roberto Roncon, coordenador de Medicina Intensiva, disse que esta continua com “COVID-19 grave”, logo, com “insuficiência respiratória”, havendo a necessidade de continuar ligada à ECMO. “Apesar disto, está acordada, colaborante e bem-disposta. É corajosa, resiliente, estando a encarar tudo com otimismo”, referiu o profissional de saúde na conferência de imprensa. 

De acordo com Roberto Roncon “o ideal é não precisar dos cuidados intensivos e para isso as vacinas são muito eficazes para prevenir a necessidade de hospitalização”, garantindo que se a jovem tivesse vacinada “teria diminuído em muito a probabilidade de isto acontecer”, disse ainda aos jornalistas.