O Auditório Paroquial da Igreja de Santa Maria, em Marco de Canaveses, foi o local escolhido para a primeira sessão do Douro Verde Talks que decorreu no dia 24 de julho e teve como foco a valorização do território.
A conversa teve como tema central a discussão da estratégia de desenvolvimento local para o território do Douro Verde, no âmbito da candidatura ao PEPAC | DLBC 2023/2027 e contou com o testemunho de Pedro Pinto, CEO do Lionesa Group.
Gabriel Carvalho, presidente da Dolmen, referiu que vão ser organizadas seis sessões com o objetivo de "auscultar a comunidade na candidatura que estamos a construir e trazer para a nossa região a experiência de quem já trabalha um determinado território". Ao Jornal A VERDADE explicou que o ponto de partida é: "como é que nós com os recursos endógenos que temos podemos fazer diferente e tentar fazer melhor, trazer mais recursos para o território e gerar economia".
Na visão do presidente Gabriel Carvalho, o território do Marco de Canaveses apresenta um centro urbano "bem definido" e com zonas rurais "alargadas", desta forma, considera que "o rural só tem potencial em boa medida por causa do urbano, sem locais de venda sejam eles produtos, restauração, hotelaria o rural não tem futuro. Sem as pessoas não tem futuro", garante.
Da mesma opinião partilha Pedro Pinto, CEO da Lionesa Group. "Os centros urbanos têm a massa, não só residente, mas também aqueles que conseguem captar. O Porto tem mais de cinco milhões de visitantes ano, se eu conseguir trazer para Marco de Canaveses 0,5% já seria extraordinário, existe esta missão por parte dos agentes do território. Num primeiro momento temos de estar todos juntos na captação quer dos turistas quer das empresas".
Neste sentido, Pedro Pinto acredita que o passo mais importante é a "estratégia. Antes da estratégia está a análise, é preciso analisar, planear e definir e só depois implementar". Na primeira sessão, o CEO da Lionesa Group participou com a intenção de "através da experiência contribuir para outros territórios", acreditando que Marco de Canaveses tem a vantagem de ser uma zona onde "ainda há muito por fazer, enquanto que em grandes cidades já existe muito ruído e, muitas vezes, é preciso apagar para pensar de novo", terminou.