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Maria Eduarda Ramos, natural de Marco de Canaveses sempre foi apaixonada pelas artes. Nasceu e cresceu no meio das tintas e dos pincéis, motivada pela veia artística da sua família paterna e foi com este apoio “incondicional” que decidiu “perseguir o sonho”.

Após a conclusão do nono ano, e com o início do ensino secundário, a jovem decidiu seguir artes e, atualmente, está a tirar um curso de artes plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

No entanto, foi na maquiagem que encontrou a sua verdadeira paixão. “Gosto da liberdade artística e de conseguir transportar algo que é comum ver-se numa tela ou no seu suporte tradicional para o meu corpo”, afirmou, em conversa com o jornal A VERDADE.

A jovem marcoense revelou que este gosto surgiu quando começou a utilizar mais as redes sociais, nomeadamente o Youtube. “Comecei por ver vídeos de maquiagem e depois encontrei perfis com maquiagens mais elaboradas, então pensei em aplicar a minha arte numa tela diferente, que neste caso seria a minha cara”, declarou.

Quando começou a explorar esta nova vertente, nem tudo era fácil, principalmente devido ao custo elevado dos cosméticos. “No início utilizava muitos produtos da minha mãe, bem como tintas acrílicas do meu 12º ano, que não deveria usar porque fazem mal à pele”, admitiu. Mas como artista multifacetada que é, Eduarda apostou numa outra forma de arte para financiar os produtos cosméticos. “Comecei a fazer unhas de gel mais artísticas que tiveram um ótimo feedback nas redes sociais”, revelou.

Quanto mais foi evoluindo, mais foi aprendendo e, recentemente, descobriu uma nova paixão, a caracterização de personagens de filmes. “A parte da caracterização sempre me fascinou, mas comecei a gostar ainda mais quando a pus em prática, com a caracterização que fiz do Venom”, relembrou.

Eduarda recorda que esta caracterização em específico demorou cerca de seis horas. “Tive de construir a cara, não foi só pintar e tive de perceber como é que ia conseguir fazer a cara com guardanapos, papel de cozinha, cola branca, latex, unhas falsas e acetato”, recordando assim “a enorme quantidade de trabalho e dedicação” que este tipo de arte necessita.

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E foi com este progresso das suas diversas formas de arte que a jovem começou a ter mais reconhecimento nas redes sociais, particularmente no Instagram, contando com mais de 11 mil seguidores. Ciente do poder que as redes sociais possuem e do tempo livre que esta quarentena proporcionou a vários jovens, a artista decidiu lançar um desafio juntamente com um grupo de sete pessoas que partilham o mesmo gosto por maquiagem. “Criámos desafios para envolver mais pessoas e atraí-las para a área, ou apenas para se divertirem um bocado e motiva-mo-nos uns aos outros”, referiu.

Estes desafios, que se tornaram-se virais a nível nacional, consistiam numa temática diferente todas as semanas, como por exemplo, uma semana monocromática em que, a cada dia da semana, se fazia uma maquiagem com uma cor diferente escolhida pelo grupo.

De acordo com a jovem artista, as redes sociais têm-lhe trazido inúmeras vantagens. “Consigo chegar a várias pessoas por todo o mundo e ter a sorte de ser reconhecida por alguém importante, o que faz com que o meu trabalho seja ainda mais divulgado e posso ter oportunidades de trabalho incríveis”, salientou.

Além disso, Eduarda admite que adora ser criativa e fazer “looks” que nem toda a gente consegue. “Gosto do fator das pessoas olharem para mim e não perceberem como é que faço as coisas porque para mim são fáceis e para os outros são incrivelmente difíceis”, referiu em conversa com o Jornal A VERDADE.

Apesar das possíveis dificuldades que este mundo possa ter, a jovem de Marco de Canaveses incentiva todos os apaixonados por maquiagem a seguir esta vertente e deixa alguns conselhos. Em primeiro lugar, não se deve “ter medo de arriscar” nem ter medo que “as pessoas comentem” até porque, segundo a artista, “as pessoas vão comentar de qualquer das formas”.

Texto: Joana Vieira, aluna estagiária da UFP

Em segundo lugar, e de acordo com Eduarda, não se deve ter medo de errar porque “ninguém nasce ensinado”. A própria jovem admite que errou “muitas vezes” antes de ter sucesso. E, em último lugar, mas não menos importante, “não se pode desistir”, até porque, como diz o ditado, “quem corre por gosto não cansa”.

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