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Os números atuais dizem que são 294 os voluntários (ativos em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas) que disponibilizam parte do seu tempo para ajudar na realização de desejos a crianças e jovens, dos três aos 17 anos, em todo o território nacional, com doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas, proporcionando-lhes momentos de força, alegria e esperança.

Esta é a missão da Make-A-Wish, à qual Marcela Leite se juntou em 2017. Natural de Felgueiras, a jovem de 31 anos “sempre” teve objetivo de fazer voluntariado e, no final do percurso universitário, juntamente com a amiga Tânia, decidiu avançar com o desejo. “Senti que era a altura ideal para iniciar um projeto de voluntariado. Procuramos um projeto que se alinhasse com os nossos valores e a que fez mais sentido para nós foi a Make-a-Wish”, recorda.

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Juntou-se, então, à equipa de voluntários da Make-A-Wish e, sete anos depois, não tem dúvidas em afirmar que ser voluntário, neste projeto, “é ter a oportunidade de contribuir para a realização de sonhos, ver o brilho dos olhos e a alegria das crianças (e famílias) que, naquele momento, vivem um momento transformador que lhes dá motivação e força“.

O papel dos voluntários, passa, também, por ajudar na concretização das crianças e, desde que está na Make-A-Wish, Marcela Leite já teve a oportunidade de participar na realização de cinco desejos. É uma sensação “única e incrível” e reconhece que enquanto voluntária se cria “uma ligação especial com as famílias e é um privilégio indescritível poder contribuir e assistir a àqueles momentos”.

O facto de ser voluntária da Make-a-Wish também teve influência na forma como sou psicóloga

A voluntária é licenciada em Psicologia e mestre em Psicologia da Saúde e Neuropsicologia, tem uma Especialização Avançada Pós-Universitária em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental na Infância e Adolescência e está, neste momento, a completar uma Especialização Avançada em Intervenção Psicológica no Luto.

Marcela Leite considera que a formação enquanto psicóloga lhe proporciona uma “sensibilidade e maturidade” diferentes enquanto voluntária. “Acho que estão interligados. Da mesma forma que considero que a minha formação tem impacto na forma como sou voluntária, o facto de ser voluntária da Make-a-Wish também teve influência na forma como sou psicóloga. Inclusive, uma curiosidade, eu trabalhava apenas com adultos e a experiência que vivenciei com a Make-a-Wish impulsionou-me a ser também psicóloga infantojuvenil”, revela.

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Nestes sete anos foram várias as histórias que foi conhecendo e que têm “enriquecido” o percurso pessoal e profissional. “Acredito que conhecer estas crianças e adolescentes nos enriquece muito como pessoas. Todas as crianças que tive a oportunidade de conhecer ficaram na minha memória e coração. A resiliência, esperança, felicidade e amor que as famílias demonstram e temos a oportunidade de presenciar é algo memorável”, garante a voluntária.

Marcela Leite deixa o apelo e incentiva ao à experiência de voluntariado: “Se queres viver uma experiência rica em felicidade, esperança e amor, se tens a disponibilidade para dedicares o teu coração (e a tua imaginação) às crianças e adolescentes da Make-a-Wish, inscreve-te como voluntário (existem vários núcleos pelo país)”.

Neste momento, está a decorrer a campanha de Natal da Make-A-Wish, “Um Desejo Cria Esperança“, com o embaixador David Carreira. Através das sugestões solidárias da Make-A-Wish pode ajudar a realizar desejos de crianças e jovens gravemente doentes.