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O SMAQ – Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses convocou uma greve geral para 6 de dezembro. Exigem condições de segurança adequadas e um esclarecimento sobre as declarações do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de quinta-feira.

“O SMAQ decidiu avançar com um pré-aviso de greve geral para o dia 6 de dezembro de 2024, com impactos no dia 5 e dia 07, nas sete empresas onde tem representação: CP – EPE, Fertagus, MTS – Metro do Sul do Tejo, ViaPorto, Captrain, Medway e IP — Infraestruturas de Portugal”, informou em comunicado.

António Leitão Amaro havia afirmado que “não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem” e que tem “um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus”, explicando que o Governo aprovou uma proposta de lei que reforça “as medidas de contraordenação para os maquinistas deste transporte ferroviário, criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool”. “Estando Portugal numa das piores situações em termos de nível de acidentes, tem do quadro contraordenacional mais leve e mais baixo da Europa”, acrescentou ainda.

Face à “ausência de clarificação”, por parte do Governo, relativamente a estas declarações, o SMAQ considera que “não resta alternativa senão avançar para um processo de greve”, acrescentando que o objetivo da paralisação é “defender os profissionais da condução ferroviária e exigir condições de segurança adequadas ao exercício da sua profissão”, garante.