Mais de 350 atletas dos escalões do futebol de formação da União Desportiva Valonguense 1937 estão impedidos de treinar no Estádio Municipal de Valongo devido a abatimentos no campo sintético.
A informação foi divulgada nas redes sociais pelo clube que revela que "os recentes abatimentos no campo sintético do Estádio Municipal de Valongo levaram a que o mesmo fosse interdito, por questões de segurança, pela Câmara Municipal, impossibilitando a realização dos treinos das equipas de formação da UD Valonguense 1937".
Na mesma nota, a direção do clube refere que "compreende a decisão da autarquia e partilha da mesma preocupação em garantir a segurança dos mais de 350 atletas, federados e não federados, dirigentes e equipas técnicas".
Por isso, desde logo, iniciou diálogo com a autarquia, em particular com a vereação do Desporto, "no sentido de ser encontrada uma alternativa, a curto prazo, que possibilite a continuidade dos treinos aos mais de 350 atletas (crianças e jovens dos 8 aos 18 anos), que contam com a formação da UD Valonguense 1937 e com as instalações do município para a prática desportiva".
O espaço municipal, agora interdito, "tem sido um grande suporte para a atividade da UD Valonguense 1937 pelo que, perante a necessidade de ser interdito, é imprescindível para o clube a ajuda da autarquia em encontrarmos uma alternativa viável para os nossos atletas".
Até ao momento, as alternativas propostas pelo município foram o pavilhão da Escola Secundária de Ermesinde, "pequeno para as necessidades das nossas equipas"; e o campo sintético na zona industrial de Alfena, "mas apenas disponível a partir das 22 horas, além de não ter casas de banho nem balneários, o horário tardio é insuportável para crianças de 8, 9, 10,… anos", frisa a direção.
Nesse sentido, a UD Valonguense revela que as propostas apresentadas "não satisfazem as necessidades das nossas equipas de formação. Tal como a câmara municipal, o clube também quer garantir a segurança dos atletas, sem prejudicar a confiança dos pais e famílias que confiaram os seus filhos à UD Valonguense 1937".
Em alternativa, a direção do clube propõe, à autarquia, a comparticipação financeira para a "colocação de um relvado sintético no Estádio do Calvário, que permitiria às camadas mais jovens treinar no estádio principal, o qual beneficia de mais acessibilidades de transportes públicos e libertaria o clube da despesa avultada com a manutenção do relvado natural".
A outra proposta seria "libertar outros espaços municipais em horários mais adequado para os treinos das camadas jovens".
Caso não seja encontrada uma alternativa viável, o clube garante que "estes atletas poderão ver-se obrigados a procurar nos concelhos vizinhos soluções para a prática da modalidade. Algo que o clube pretende evitar. E que a autarquia deve, naturalmente, também tentar evitar".
No entanto, continua "a acreditar que ainda podem ser encontradas soluções para este problema. Acreditamos na boa fé da autarquia em encontrar uma solução a curto prazo que respeite atletas, pais, famílias, dirigentes e equipas técnicas, mas também o bom nome deste clube com mais de 85 anos de vida. Não queremos que este seja o início do fim de um clube quase centenário que muito tem dignificado o concelho de Valongo".