Há 3 anos que o pequeno Luís Afonso envolvia-se no desporto motorizado em conjunto com o pai, Patrício Ribeiro. Naturais de Marco de Canaveses, esta família junta-se praticamente todos os fins de semana para correr e viver um "verdadeiro espírito de família".
Assim, o interesse pela modalide e o convívio com a família é cultivado em Luís Afonso desde os cinco anos. Com o passar dos anos foram verificadas "aptidões" que em 2023 o levaram "à competição propriamente dita, de uma forma mais profissional".

O pai, também praticante do desporto, mostra-se feliz pelo filho ter esta oportunidade mais cedo, ao contrário de si, que apenas iniciou as corridas pouco depois de passar os vinte e ao qual se dedicou "como hobbie e nunca a título profissional".
Em conversa com o Jornal A VERDADE, Patrício Ribeiro destaca que "é um desporto muito exigente do ponto de vista físico". De momento, o filho encontra-se num campeonato onde "realiza três voltas, cada volta tem cerca de 25 quilómetros, totalizando um percurso de 75 quilómetros. As provas desenvolvem-se com duas especiais por casa volta e depois troços de ligação", explica

O filho mais novo, Tomás, ambiciona atingir a idade que lhe permitirá iniciar também a vida das corridas, por enquanto tem 6 e à semelhança do irmão também encontra-se envolvido neste mundo.
Em 2023, pela primeira vez, o filho de Patrício ingressou no Campeonato Nacional de Enduro, depois de ter realizado a primeira prova, continua a trabalhar para a próxima que terá lugar no mês de abril, na Lousã e para a qual mostra-se "ansioso". O pai, Patrício Ribeiro, destaca o "esforço e trabalho que é necessário fazer porque os objetivos não se alcançam à primeira". Referindo que continuam a treinar "para aguentar uma corrida que é exigente" e que o filho já sentiu na pele pela primeira vez.

Ao fim de semana é quase uma "regra" a família juntar-se toda para praticar o desporto. Apesar da esposa não correr, Patrício refere-se a ela como "o elemento de base e apoio. Ajuda a promover e gosta de ver os filhos a praticar a modalidade ao ar livre", partilha.
Durante o fim de semana vive-se um verdadeiro "ambiente de família", à "festa" juntam-se tios, avós, primos e sobrinhos, tornando-se um "elemento que une" e proporciona "um espírito familiar engraçado. Traz a família de arrasto, quase como um jogo de futebol, apoiar, acompanhar e viver o momento". Patrício Ribeiro realça ainda que, neste momento, a prioridade não é a competição ou olhar para o desporto como uma carreira, mas sim proporcionar momentos de lazer e diversão em família. No entanto, apesar de não ser o ponto principal reconhece que "estimula a competição. Queremos sempre praticar mais um bocadinho, melhor e mais rápido".

Assim, as corridas representam "estar em família, atingir e superar objetivos próprios, sair do mundo das informáticas e das tecnologias". Ao mesmo tempo realça que a prática de uma modalidade desenvolve "valores e capacidades físicas e intelectuais, nomeadamente, resistência e resilência e carece ainda de um espírito de esforço e tentativa de alcançar o melhor".
Ao terminar a conversa, Luís Afonso de 9 anos afirma que se "sente muite bem" e que "agredece sempre e gosta" do apoio que a família lhe dá. Termiando por realçar que "gostava de fazer muitas corridas ao longo da vida".

Por enquanto ainda espera pelo irmão mais novo para juntos se manterem no mundo do desporto motorizado que é classificado pelo pai como uma modalidade "extremamente rija, dura e que carece de uma boa preparação física", mas para a qual toda a família mostra-se preparada.
