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Em agosto de 2023, Bárbara e Pedro criaram os “We Are”, um projeto musical a que se juntaram, mais tarde, Rui e Ricardo.

A banda abraça a “diversidade” e o grupo considera-se “eclético. Fundimos diferentes estilos e influências, enriquecendo assim a nossa expressão artística. O nosso objetivo vai além da música por si só, uma vez que procuramos crescer como músicos, como pessoas e como grupo. O nosso público é variado e é através dessa variedade que encontramos significado e inspiração para continuarmos a evoluir, de forma que, também, encontramos meios mais facilitados para promovermos o nosso trabalho”, explicam em entrevista ao Jornal A VERDADE.

Bárbara e Pedro conhecem-se há três anos e tudo surgiu “de um amor muito grande pela música”, que já “há muito tempo” faz parte da vida destes dois jovens. “Temos vindo a desenvolver trabalhos musicais juntos e decidimos dar este passo, para darmos asas a algo que queremos muito: dar-nos a conhecer e darmos a conhecer o nosso trabalho“.

Já Rui e Ricardo juntaram-se ao grupo através de grupos de amigos e de “contextos muito distintos. Juntaram-se a nós numa fase em que decidimos que, realmente, fazia sentido, crescermos enquanto projeto e enquanto dimensão musical”, explicam Bárbara e Pedro.

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Todos os elementos têm uma relação antiga com a música? Como surgiu em cada um dos casos? 

Bárbara: Desde criança que tenho a música muito presente na minha vida. Entrei para o conservatório aos nove anos, onde concluí o 8.º Grau, um caminho que me levou a seguir estudos musicais. Ao longo do meu caminho profissional já tive oportunidade de experienciar, vivenciar e explorar diversos mundos musicais, até mesmo, internacionais, quer no âmbito musical, quer vocal. Já passei por vários e grandes palcos e, atualmente, a minha vida resume-se a estar em contacto com a música.

Pedro: Na minha família, a música sempre esteve presente de variadíssimas formas. Tanto do lado do meu pai, como da minha mãe, vários familiares seguiram música em certa fase das suas vidas. Uns como hobby, outros como algo mais sério, tendo-se formado e seguido a área a nível profissional. Sempre vivi num meio muito musical. Por muito que quisesse fugir foi quase inevitável não seguir também. Não fiz um caminho muito convencional, a nível académico, e isso moldou-me de forma diferente e, talvez, mais autónoma. Comecei pela área da produção e da criação por volta dos 17 anos e só depois é que comecei a aprender a tocar alguns instrumentos, nomeadamente: guitarra e piano. No entanto, não me considero pianista nem guitarrista, porque não domino totalmente nenhum dos instrumentos. A nível de voz comecei pelo Hip Hop (Rap), onde divaguei durante alguns anos e só mais tarde, durante a licenciatura, é que começou a aparecer a vontade de cantar e fazer outros géneros e estilos musicais.

Ricardo: O interesse pela música surgiu por volta dos 14/15 anos, na altura em que o grunge, rock, punk, estavam em alta e como todo o adolescente que se preze tinha de saber tocar guitarra, que curiosamente nem foi o primeiro instrumento que aprendi a tocar. Claro está que, nessa altura, não existiam os recursos de hoje para poder aprender, tínhamos de ´’tirar’ as músicas de ouvido e aprender praticamente sozinhos o instrumento, algumas frustrações, mas, enorme satisfação quando atingimos o objetivo. De formação sou baterista, mas a paixão é a música não o instrumento. Nunca mais larguei a música fosse em que instrumento fosse, passando por diversos pequenos projetos. 

Rui: Desde pequeno que cresci a ver o meu primo a tocar em bandas de grande nome nacional e decidi tomar o rumo da música, nomeadamente no ramo da percussão, no Conservatório do Vale do Sousa, onde concluí o 8.º grau de música.

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Como chegaram a “We Are”?

Bem, começamos por nos perguntar “O que somos?” e como foi tão difícil conseguirmos responder… Porque não este conceito de nos dar liberdade e aos que nos seguem e ouvem de acrescentar o que pode realmente ser a resposta?

Quais são os vossos sonhos musicais a nível individual e coletivo?

Pedro: Sempre tive uma vontade enorme de fazer música, seja de que forma for. Adoro trabalhar em estúdio, adoro produzir músicas e adoro tocar ao vivo. Adoro qualquer um dos processos e envolvências.

Ricardo: O sonho individual sempre foi fazer música. ‘Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida’. Então, esse sempre foi o sonho, viver da música, a minha paixão. 

Bárbara: O sonho foi e é nunca deixar de ter a música presente em tudo o que faço e sou. Já faz parte de mim há muito tempo e ambiciono que continue a fazer parte ao longo de mais e mais tempo…

Rui: A nível individual pretendo licenciar-me em música, mais especificamente em bateria jazz, e mais tarde mestrado. Tendo como objetivo, para além de concertos, dar aulas. 

Coletivo: É difícil separar os sonhos individuais dos coletivos porque ambos se relacionam. ‘O céu é o limite’. Elevar o nome da banda ao melhor patamar possível, fazendo o que mais gostamos – música. Nunca deixarmos de ser quem somos e que deixemos sempre isso transparecer em cada momento juntos, a fazer música. 

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Pretendem conciliar com outra profissão ou viver ‘só’ da música? 

Bárbara: Infelizmente, viver ‘só’ da música é algo que acata algumas dificuldades e incertezas… Apesar da minha profissão paralela a este projeto estar ligada à música, seria maravilhoso se, algum dia, se tornasse possível viver da música apenas neste âmbito. Da minha parte, lutarei para que seja algo a ser concretizado.

Pedro: Viver da música, sem dúvida. Não me vejo a fazer outra coisa.

Ricardo: Neste momento já concilio a profissão com a música, a presente conjuntura do país, mentalidades e a falta de investimento na cultura não deixa grande margem para vivermos somente da música, há uma família para cuidar e não nos podemos dar ao luxo de viver só da nossa ‘paixão’. Mas as coisas mudam e a vida é feita de oportunidades, basta estar atento e agarrá-las quando passam, não há idades para concretizar sonhos, portanto vou lutando pelos meus.

Rui: Se possível só da música! Felizmente, têm surgido oportunidades de trabalho e não as tenho deixado fugir, por isso é esperar que continue assim.

No concelho / região onde estão inseridos sentem o apoio necessário para o crescimento do projeto? 

Desde a criação do projeto que temos tido uma adesão muito positiva por parte dos locais onde já estivemos, assim como, por parte das pessoas que nos ouvem e seguem. Inclusive a Câmara Municipal de Lousada que já nos proporcionou duas grandes oportunidades que, sem dúvida, darão um grande empurrão a todo o nosso trabalho. As oportunidades têm surgido e nós estamos cá cheios de força para as agarrar e desfrutar delas ao máximo.

Há novidades para o futuro?

Estamos a trabalhar num dos originais, em estúdio e, em breve, os We Are terão um mimo musical para partilhar com as pessoas.

Apresentação dos elementos:

  • Bárbara Cunha: Tem 23 anos e é natural de Lousada. É licenciada em Educação Musical e, atualmente, frequenta o mestrado em Musicoterapia e é professora de Educação Musical. 
  • Pedro Teixeira: Tem 27 anos e é natural de Lousada. É licenciado em música e professor de Educação Musical. 
  • Ricardo Torres: Tem 42 anos e é natural de S. João da Madeira. Tem o ensino secundário, é técnico administrativo, casado e tem três filhos. 
  • Rui Teixeira: Tem 20 anos e é natural de Macieira. Tem o ensino secundário e o 8.º grau em Música. Atualmente é músico.