novo projeto 65
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A atribuição deste prémio tem como missão reconhecer os municípios e as freguesias do território nacional com as melhores práticas e as medidas de apoio em benefício dos cuidadores informais.

O município de Lousada recebeu, pela segunda vez, o selo de mérito do Movimento Cuidar dos Cuidadores informais. Os resultados foram divulgados na segunda edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI).

A Bolsa de Cuidadores designada “Lousada Cuida”, criada em maio de 2021, tem como objetivo, de acordo com a autarquia, implementar respostas de apoio social dirigidas aos cuidadores informais. “Os princípios básicos passam por criar substitutos dos cuidadores informais, permitindo que quem cuida tenha tempo disponível para si”, pode ler-se no comunicado do município.

Nesse sentido, a Santa Casa da Misericórdia, no âmbito da implementação do Centro de Apoio ao Cuidador Informal de Lousada, propôs uma parceria ao município e acordaram desenvolver uma atuação “conexa e concertada” com o objetivo geral de criar uma bolsa de cuidadores formais que possam substituir temporariamente os cuidadores informais, em períodos curtos de tempo, “permitindo aos cuidadores algum tempo para descanso e para a realização das suas necessidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar do cuidador e da pessoa cuidada”.

A iniciativa surgiu na sequência da maioria dos cuidados continuados de longa duração prestados a pessoas que por razão de doença ou incapacidade ficaram dependentes de terceiros, serem exercidos por familiares ou pessoas próximas, não remuneradas e que assumem o papel de cuidadores informais.

A vereadora da Ação Social, Maria do Céu Rocha, destacou o facto de “ser cada vez mais importante que os cuidadores informais que estão, na maioria das vezes, 24 horas a tratar de alguém, tenham tempo para si próprios. Devemos lembrar-nos que cuidar de alguém a tempo inteiro que seja dependente, requer disponibilidade, atenção permanente, esforço e readaptação do quotidiano, das vivências e das dinâmicas familiares levando exaustão física, psicológica e social, comprometendo, a qualidade de vida do cuidador informal e, até mesmo, dos cuidados prestados”.

De acordo com dados da RACCI, no ano passado, com o apoio de algumas das entidades locais, foram realizadas ações de formação presenciais para os cuidadores informais, de modo a que estes tivessem a oportunidade de esclarecer dúvidas e partilhar informação.