Publicidade

A Verdade1

Artesanato. Um hobbie que se tornou numa paixão para Antero Moura e Domingos Nunes, residentes no concelho de Lousada. O que começou apenas com “uma brincadeira” rapidamente passou a fazer parte do dia-a-dia destes dois lousadenses que, apesar de terem entrado nesta área de forma diferente, têm a paixão em comum.

Antero Moura tem 64 anos e está reformado há quatro, devido a problemas de saúde e foi no artesanato que encontrou uma forma de “escapar” do dia a dia. Começou então a construir edifícios com pedras. “A primeira que fiz foi a minha casa”, recordou, orgulhoso.

Apesar de só agora se ter aprofundado nesta área, Antero Moura aprendeu esta área na tropa. “Os meus colegas faziam barcos em fósforos e aprendi. Como trabalhei na construção civil, decidi começar a fazer em pedras”, explicou.

No seu espólio já conta com vários monumentos, desde a Igreja do Senhor dos Aflitos, até à Câmara Municipal de Lousada. E são exatamente estes dois edifícios que agora podem ser vistos na autarquia. “O maior que fiz foi mesmo a câmara, fiz com a ideia de oferecer à autarquia”, afirmou.

No entanto, e apesar de “demorar cerca de dois meses a fazer cada edifício”, o lousadense garantiu que o que lhe deu mais prazer construir foram as casas dos filhos. “Mandaram-me fotografias e eu consegui fazer. Foram, sem dúvida, as que me deram mais gosto”, enalteceu.

Antero Moura revelou ainda ao Jornal A VERDADE que as suas obras “são visitadas por muita gente”, afirmando que se sente “feliz a fazer coisas novas e que essas obras sejam vistas por todos”.

A Verdade1A Verdade1

A paixão pelo artesanato, apesar de numa vertente diferente, é transversal a Domingos Nunes. O artesão, natural de Paços de Ferreira mas a viver em Lousada, dedica os seus tempos livres a fazer brasões e logotipos em talha.

A ligação com esta área iniciou aos 11 anos. Domingos, de 54 anos, começou a trabalhar em talha, no entanto em móveis. “Em 2000 comecei a trabalhar numa empresa que fazia este tipo de acabamentos e, foi nessa altura, que fiz um quadro para a minha filha”, sublinhou.

Foi este então o primeiro passo para aquilo que se viria a tornar numa verdadeira paixão. “Depois surgiu a ideia de fazer o brasão da minha freguesia, quando mostrei ao presidente ele aconselhou-me a mostrar a outras pessoas. Acabei por fazer os brasões de todas as freguesias do concelho de Lousada”, contou.

O artesão, confidenciou ao Jornal A VERDADE, que o trabalho mais difícil, no entanto um dos mais prazerosos, foi a realização de uma vivenda em alto relevo. “Foi através de uma fotografia que consegui fazer essa vivenda”, acrescentou.

Atualmente, Domingos Nunes faz trabalhos por encomenda e aproveitou a quarentena para se aprofundar nesta área. “Vou fazer um logótipo da Ordem dos Médicos. Uma vez que a minha empresa está em lay-off, acabo por ter mais tempo livre”, frisou.

O lousadense espera poder continuar a fazer a sua arte, garantindo, em forma de conclusão: “Esta é a minha praia e a minha paixão”.

A Verdade1A Verdade1A Verdade1