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Aos 24 anos, João Almeida (UAE Emirates) tornou-se o primeiro português a subir ao pódio final da Volta a Itália (3.º lugar) e o segundo ciclista nacional a ficar entre os três melhores de uma grande Volta. Conquista que o grupo “Lingrinhas Team” acompanhou bem de perto e sem passar despercebido.

Se é um adepto das provas de ciclismo, com certeza que já conhece o “Lingrinhas Team”, um grupo de sete amigos do Marco de Canaveses, Santo Tirso, Famalicão, Esposende, São João da Madeira, Odivelas e Escócia, que corre, literalmente, nas provas de ciclismo para apoiar a participação portuguesa. “Decidimos apoiar o João Almeida porque gostamos dele, é o nosso representante”, diz Ivo Queirós, apoiante do Marco de Canaveses.

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A ligação dos “apaixonados” pelo ciclismo começou num grupo de Whatsapp, da Eurosport. “Criamos uma equipa de fantasy – Lingrinhas – que neste momento é composta por cerca de 40 pessoas”, recorda.

E porquê “Lingrinhas”? Surgiu “há cerca de três anos”, numa prova clássica de ciclismo e teve como inspiração o ciclista Thomas Pidcock. ” Numa emissão foi apelidado de lingrinhas e como gostamos do nome e estávamos a formar equipa decidimos adotar para a equipa”, conta Ivo Queirós.

Se são aficionados pela modalidade, nem será preciso perguntar, até porque este grupo tem acompanhado “muitas etapas do quilómetro 0 até ao final. Desde sub-23 e até mesmo ciclismo feminino e ciclocross”. Mas não basta correr e demonstrar todo o apoio aos ciclistas portugueses. Cerca de cinco ou seis meses antes, o Lingrinhas Team começa a preparar-se para “facilitar a gestão do investimento. Reservamos voos com antecedência, alojamento e transporte e vamos pagando faseadamente”, conta o marcoense.

O momento mais divertido é “sem dúvida” o convívio “entre o grupo e todos os amantes de ciclismo que acompanham as etapas”. Para Ivo Queirós é “indescritível o que se vive montanha acima e a passagem dos ciclistas nas zonas mais duras. Às vezes até ajudamos a empurrar alguns ciclistas com maiores dificuldades neste tipo de percurso”.

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E se emoção acompanha as experiências deste grupo de amigos, os momentos “caricatos” são também uma garantia. Um deles aconteceu nesta última prova em que ‘participaram’. “Tínhamos várias pessoas a pedir para tirar fotografias connosco, a dizer que nos reconheciam do dia anterior por aparecermos na televisão”, conta Ivo Queirós.

Também na Volta a Itália recorda o momento em que, na subida à montanha “só era possível passar com cartão VIP ou uma reserva num hotel. Não tínhamos e precisávamos de percorrer 20 quilómetros para a meta. Então, um colega teve a brilhante ideia de fazer uma reserva na hora e depois cancelamos”.

Mas não se ficam por aqui. “Em 2022, na Vuelta, em Espanha, fomos de carro até às Astúrias. Fizemos a viagem de noite, íamos pela montanha e estava um nevoeiro muito cerrado. Íamos a cerca de 30 km/h e estava um cavalo a dormir no meio da estrada. Tivemos de apitar para ele para sair”.

Outros mais momentos poderiam ser contados, mas muitos outros ainda há para colecionar. O “Lingrinhas team” pretende continuar a apoiar João Almeida, desta vez no Tour de France, a realizar-se em 2024. “Já fizemos duas vezes o Giro e uma vez a Vuelta. Se o João participar melhor, mas a principal razão são as diferentes experiências e o convívio e, acima de tudo, porque criamos um bom grupo de amigos”, termina Ivo Queirós.