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Sociedade
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Liga dos Bombeiros apela à Proteção Civil para pagamento mais rápido de despesas de combate a incêndios

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apelou esta quarta-feira, 13 de agosto, à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para que seja mais célere a ressarcir as associações humanitárias pelas despesas com combustível e alimentação durante o combate aos incêndios florestais.

Redação

“As associações humanitárias estão a despender muito dinheiro e, portanto, estão a solicitar-nos que diligenciemos junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil [...] para que possa avaliar essas despesas o mais rapidamente possível, começar a pagar e não estar a aguardar 20, 30 ou 40 dias”, disse o presidente da LBP, António Nunes.

O responsável explicou que, “quando há pequenos incêndios”, as associações conseguem acomodar os gastos com fornecedores nos seus orçamentos durante algum tempo, mas não quando se trata de fogos florestais de grande dimensão, como os de Ponte da Barca, Arouca, Trancoso ou Vila Real.

António Nunes escusou-se a quantificar o montante em dívida, por estar ainda a ser apurado, mas indicou que “são alguns milhares”. Exemplificando, se a referência for dez euros por almoço e outro tanto para jantar, alimentar 2.000 bombeiros implica 40.000 euros por dia e 400.000 euros para dez dias.

Em resposta às questões, a ANEPC afirma que "enviou um comunicado às AHBV e aos respetivos Comandos Sub-Regionais, informando que deveriam dar caráter urgente aos processos relacionados com despesas de combustível e alimentação, de forma a agilizar a sua tramitação".

"Para situações mais complexas, a ANEPC disponibilizou-se a efetuar um adiantamento, nos termos da Diretiva Financeira, correspondente a 50% das despesas, até ao limite máximo de €50.000 por cada AHBV", adianta.

A ANEPC diz ainda que "até à data, os pagamentos estão a ser efetuados de acordo com o estabelecido na Diretiva Financeira em vigor".

Segundo a informação disponível no site da ANEPC, às 17h00 mais de 2.150 operacionais combatiam os seis maiores incêndios ativos em Portugal continental, apoiados por 682 viaturas e 23 meios aéreos.

Portugal encontra-se em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 2 de agosto.