zukra baiaoFoto: Luís Medeiro
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“Zukra” é o nome do projeto musical que realiza recriações da época romana, medieval e renascentista. Paulo Cabral, Bruno Cerqueira e Bruno Magoo, naturais de Baião, levam a cabo a atividade do grupo há cerca de 20 anos.

Paulo Cabral explica que o projeto iniciou com um repertório de música tradicional e, “a partir de 2015, faz repertório de música medieval”. Recentemente, “eventos privados como casamentos medievais” têm estado na “moda”. 

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Foto: Luís Medeiro

A gaita de foles foi a inspiração quando chegou a altura de escolher um nome para o projeto. “Resolvemos saber as várias toponímicas da gaita de foles pelo mundo inteiro e descobrimos que, na Líbia, o instrumento chama-se ‘zukra’, que é mais ou menos parecido com a atual gaita de foles que nós tocamos aqui”, explica, referindo que este facto originou o nome “Zukra Gaita de Foles”. 

As vestes típicas e os instrumentos da época, tais como, “o rabel, a gaita de foles, as flautas, a bandolina e as percussões” culminam de forma a realizar recriações “mais fidedignas” das épocas. 

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Foto: Luís Medeiro

O repertório é, essencialmente, baseado em “cancioneiros que estão publicados”. “Por exemplo, o cancioneiro mais antigo que nós tocamos é o de Cantigas de Santa Maria do rei Afonso X, mas vai até à Renascença”, indica Paulo Cabral. 

A maior parte das atuações decorrem no Norte, mas, este ano, a banda foi mais longe, tendo sido convidada a participar na Feira Medieval de Sines, que é o “espetáculo mais longe e uma das três maiores feiras do país, onde apontam 15 mil pessoas por dia, e das mais longas, são 11 dias”, acrescenta um dos membros dos “Zukra”. 

Perante esta conquista, Paulo Cabral confessa que: “é o reconhecimento do trabalho que temos feito até agora. Foi um percurso longo até chegar aqui, depois, mediante o trabalho que apresentamos conseguimos ser escolhidos no meio de muitas centenas de músicos”.

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Foto: Luís Medeiro

A motivação do grupo musical é trazer “alegria” às pessoas. “O que nos dá mais prazer é a alegria que damos às pessoas, no fundo, é a comunhão da música, porque as nossas músicas são sempre apelativas e fáceis de cantar. O espetáculo também consiste nas pessoas a cantarem connosco, a dançarem ou a baterem palmas. Toda a gente está de férias e vive tudo com alegria”, termina Paulo Cabral.  

No próximo domingo, os “Zukra” vão atuar em Esposende num “cortejo histórico que assinala os 450 anos da carta régia do concelho”. No mês de setembro, dia 11, o grupo atua num cortejo histórico em Ponte de Lima.

Texto redigido com o apoio de Daniela Lenchyna.

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