Leandro Afonso Pinto Moreira, um dos melhores alunos da Escola Básica e Secundária de Vilela no último ano letivo, tem 18 anos e vai iniciar agora o curso de Engenharia Informática na Universidade do Porto, um curso para o qual o aluno tem “expectativas muito elevadas porque vou estudar aquilo que realmente gosto”.
O futuro engenheiro admite que “sempre tive essa sorte de saber mais ou menos o que queria, o máximo que tive na dúvida foi por exemplo eletrotécnica mas pronto acabou por ser informática”.
A entrada na universidade foi sempre um objetivo do futuro engenheiro que no 11.º ano já “estava ansioso para acabar o secundário para finalmente conseguir estudar algo que eu realmente gosto”. E foi este objetivo que ajudou o aluno a alcançar uma média interna de 19 no final do secundário: “quando nós temos um objetivo vamos sempre trabalhar mais para ele, ao invés de andar ali à deriva, o objetivo no secundário é sempre tirar as melhores notas, mas com um objetivo em mente é sempre mais fácil”, explicou.
O interesse por eletrônica e informática marcaram o percurso escolar de Leandro que ainda durante o secundário começou “a aprender programação de forma autodidata”, uma das várias atividades extracurriculares do estudante.
Uma dessas atividades foi a participação do estudante no “Prémio Faqtos” , um desafio lançado às escolas e alunos de todo o país e do qual o aluno paredense foi o grande vencedor com o seu kit “Elder Tech”. A edição de 2024 contou com a participação de 177 estudantes do ensino secundário, divididos por 48 equipas, oriundos de 27 escolas de todo o país, sendo que o primeiro lugar foi para o aluno da escola secundária de Vilela.
O desafio da edição deste ano era “O Mundo das Radiofrequências” e o projeto apresentado pelo aluno paredense consistiu “num dispositivo que permite monitorar e melhorar a vida de idosos”. A ideia vencedora consistiu num “dispositivo de baixo custo e que consiste numa peça principal que vai então comunicar com outras várias que estão espalhadas pela casa”, explicou o criador do projeto. O projeto “Elder Tech” engloba invenções como “um detetor de queda”, “uma estação metereológica” e “umas luzes automáticas”, todas elas criadas pelo jovem paradense. Todos estes aparelhos são conectados a um “computador central” que avisa os responsáveis pela vida do idoso em caso de queda e das demais atividades do mesmo, enviando um alerta diretamente para o cuidador.
Quanto ao seu sucesso escolar, o jovem atribui os seus bons resultados ao facto de “ter tido sempre um bom ouvido”. O estudante reforça que para ele o mais “importante é estar com mais atenção nas aulas e depois algum estudo em casa”.
Aos próximos alunos do secundário da sua antiga escola Leandro deixa o conselho de que é importante “criar objetivos na nossa cabeça, algum sítio que queiramos chegar, seja um emprego ou seja um curso da universidade”.
O agora aluno do curso de Engenharia Informática na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) realçou que “nós termos interesse em alguma disciplina ou em alguma coisa faz com que nós não só queiramos aprender mais mas também gostemos do que estamos a aprender”.
