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Lara Pinto, aluna do curso de Esteticista da Escola Profissional e Tecnológica Profensino, conquistou a medalha de prata na competição nacional do WorldSkills Portugal (Campeonato Nacional das Profissões).

Foi a primeira vez que a jovem de Paredes participou na prova e encarou o desafio “um bocadinho às escuras. Fiz uma pequena pesquisa, para perceber em que consistia, mas não conhecia ninguém que tivesse participado. Aliás, também foi a estreia da escola. Por isso, não tínhamos uma ideia muito formada sobre o campeonato”, conta Lara Pinto.

Em três dias a paredense de 19 anos foi desafiada a colocar em prática os conhecimentos na área e inicialmente, “não estava à espera de ficar no pódio. Depois comecei a perceber que havia essa hipótese e queria mesmo passar para a fase seguinte. No final, tive a perceção de que me estava a sair bem. Tinha um ‘feeling’ de que ia subir ao pódio”, recorda.

Até ao pódio final foram necessárias “muitas horas de treino e muito esforço” da aluna e das formadoras, “principalmente da formadora Laura, que dedicou muitas horas a treinos. Existem protocolos, várias regras e é preciso muito esforço e dedicação”.

Ensino profissional e preconceito: “Tem-se vindo a desmistificar cada vez mais”

Lara Pinto está quase a terminar o curso de Esteticista e, olhando para trás, garante não se arrepender, “em momento algum”, da escolha que fez, porque “sempre” gostou da área.

A jovem vê no ensino profissional uma “mais-valia” para a entrada no mercado de trabalho. “Se não tivermos como objetivo ingressar no ensino superior e seguirmos, após o 9.º ano, o ensino ‘tradicional’, penso que não saímos tão preparados para o mercado de trabalho. Nestes cursos estamos, sem dúvida, 200% preparados para o mundo profissional”, garante.

Esta é uma crença de Lara Pinto e que a jovem acredita ser partilhada “por mais pessoas, porque o preconceito associado ao ensino profissional tem-se vindo a desmistificar cada vez mais. As pessoas já não julgam tanto essas escolhas e sinto que, agora, não há tanto esse preconceito”.

A estética vai muito para além daquilo que é a transformação física

Dentro da área é “difícil” identificar o que mais gosta, mas a jovem de 19 anos não tem dúvidas de que a estética “vai muito para além daquilo que é a transformação física, é todo um trabalho que temos com o cliente. Por exemplo, quando estamos a fazer uma manicure, nós não estamos a tratar só as unhas, porque a cliente vai acabar por falar de problemas pessoais. Por isso, nós embelezamos o exterior, mas também somos amigas e conselheiras”.

Para Lara Pinto, “é gratificante ver que a cliente saiu com umas unhas bonitas, mas ainda é melhor ver que saiu com uma cara mais feliz. Acho que a estética é um bocadinho isso, vai além do físico, trabalhamos mesmo sem querer, o psicológico da cliente”, diz com orgulho.

Neste momento, os tratamentos de corpo e as técnicas de pestanas ‘dominam’ a atenção da jovem paredense, que sonha, “um dia, poder dar aulas. Quero crescer, enquanto profissional, e adquirir conhecimento, mas também quero transmitir isso a outras pessoas. Quero crescer na área da estética e, a longo prazo, abrir o meu próprio espaço“, partilha.

Por agora, quer terminar o curso com o apoio da “referência e inspiração” da formadora Laura. “Foi quem me preparou para o campeonato e já é muito mais do que uma formadora, é uma amiga e segunda mãe. Quero, mais tarde, poder ser como ela. Os formadores acabam sempre por ter um papel importante no curso e a nossa ligação com eles, no ensino profissional, é muito maior, próxima e familiar”.

De recordar que antes de chegar ao campeonato nacional, Lara Pinto havia passado na pré-seleção, em maio, e participado no campeonato regional, em setembro. No total, são cinco etapas.