O mês de março é marcado pelo assinalar do Dia Mundial do Rim que pretende alertar e sensibilizar a sociedade para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado à doença.
Por este motivo, o Jornal A VERDADE traz-lhe o testemunho de Juliana Pinto, uma jovem marcoense de 22 anos que nasceu com uma particularidade que lhe foi descoberta aos cinco anos, a falta de um rim.
Apesar do rim não se ter formado na barriga, o diagnóstico foi apenas colocado aos cinco anos depois de Juliana Pinto ter sido "levada de urgência" para o Hospital. Através de vários exames específicos concluíram que a jovem tinha falta de um rim e que o outro tinha um refluxo.
Até àquele dia, Juliana Pinto sofria de "muitas infeções", mas os médicos "nunca conseguiram perceber que só tinha um rim", motivado também porque "o outro rim que tenho é muito grande", explica. Acrescentando que este é um diagnóstico "único" na família. "Não é genético, na minha família ninguém tem algo sequer parecido".
Quando recebeu a notícia, inicialmente, os familiares "acharam que eu não ia conseguir ter uma vida completamente normal", mas o passar dos anos mostrou a Juliana e à família que "era possível ser uma criança como qualquer outra. Apenas tenho de realizar exames de meio em meio ano para garantir que continua tudo bem", conta.

Apesar de uma vida sem grandes complicações, a jovem sabe que "um dia existe a possibilidade de precisar de um rim. Como eu já tive problemas no meu único rim, não há garantias de que não volte a acontecer". Por isso, se as "complicações surgirem novamente vou mesmo precisar de um transplante, porque não é possível viver com um rim que não funciona direito", explica.
Por enquanto, Juliana Pinto tem uma vida "normal", apenas com alguns "cuidados especiais". A nível alimentar, a jovem tem de beber muita água durante as refeições e evitar o consumo de sumo. Para além disso, hábitos prejudiciais como consumo de álcool ou de tabaco são dois aspetos a que deve ter "muita atenção".
Ainda, o médico reforça "o cuidado com a alimentação e a prática de exercício, mas no fundo qualquer pessoa deveria fazer", por isso, é mais um aspeto que "não interfere diretamente" na vida de Juliana Pinto.
No fundo, destaca que o essencial é "o consumo de grandes quantidades de água diariamente". Apesar do diagnóstico inesperado, Juliana termina por realçar que "tenho 22 anos e vivo uma vida completamente normal".