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Jovem de Lousada é um dos responsáveis pela manutenção do relvado do Estádio do Dragão

Redação

Portista desde pequeno, Bruno Silva tem hoje no Estádio do Dragão uma "segunda casa". Acorda, todos os dias, às 06h40 e uma hora depois já está no relvado para iniciar mais um dia de trabalho.

O jovem de 20 anos, natural de Lousada é um ex-aluno da EPAMAC do Curso Técnico de Produção Agropecuária (2018-2020), uma área escolhida porque herdou do avô o "gosto pelos animais e agricultura".

Atualmente, trabalha numa empresa de relvados e equipamentos desportivos. Uma oportunidade que surgiu logo após o término do curso. "Foi no meu último estágio. Em agosto de 2020, quando terminei o ano letivo, vim logo. No início, durante um ano, estive no armazém. Agora surgiu esta oportunidade e não recusei", conta em entrevista ao Jornal A VERDADE.

Uma proposta "irrecusável" que começou no dia 1 de março e que se tornou a "segunda casa, sete dias por semana. Estou no Estádio do Dragão todos os dias para fazer manutenção dos relvados".

Mas como será o dia a dia de Bruno Silva? "Fazemos toda a manutenção necessária para os jogos, como cortar o campo e fazer a marcação das linhas. Quando chegamos ao relvado, temos de verificar se o relvado está com alguma 'doença', se tiver alguma conseguimos tratar logo para não deixar alastrar muito", explica

O tratamento de um relvado é "muito complexo" e Bruno Silva não tem dúvidas de que "quem está de fora não sabe o que é. Temos de cortar dia sim, dia não. Agora no verão cresce sempre mais, mas no Inverno não é preciso tanto".

Para além do Estádio do Dragão, a equipa é também responsável pelo relvado do centro de treinos. "É algum trabalho e, às vezes, têm de se deixar para o dia seguinte. Aos fins de semana, no dia do jogo temos de cortar por duas vezes e marcamos outra vez as linhas para ficar tudo bem". Finalizada a época, a "rotina já não é a mesma. Temos de furar os campos, escarificar, fazer a sementeira, pôr areia., a manutenção diferente".

Sendo portista, diz trabalhar "com outro gosto, sem dúvida" e, apesar de continuar a ter contacto com a agricultura, "em casa", diz querer continuar a trabalhar no Estádio do Dragão. "Estou bem aqui, não penso em mudar. Vou todos os dias a casa, mas não é um esforço".