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“O sonho comanda a vida”. Um dito popular que nos habituamos a ouvir, desde pequenos, mas que, muitas vezes, se adequa a muitos casos da dita “vida real”. O Jornal A VERDADE traz-lhe o testemunho de José Pedro Pereira, natural de Felgueiras e que integra a Orquestra de Gulbenkian, em Zurique, na Suíça.

Com apenas 23 anos, o jovem felgueirense está a realizar o seu sonho como músico profissional, tocando trompete nesta orquestra.

Filho de uma família de músicos amadores, José Pedro Pereira começou a tocar piano com apenas quatro anos. As suas primeiras inspirações foram o seu pai, fundador do Conservatório de Música de Felgueiras, e a sua mãe, que tocava saxofone na Banda de Música da Lixa. Aos nove anos começou a tocar o instrumento que veio a ser a sua maior paixão, o trompete.

No seu caminho profissional, começou por integrar o Conservatório de Felgueiras, onde tocava trompete. Em 2009, ingressou na Academia José Atalaya, em Fafe e, com apenas 12 anos, foi para a Artave, Escola Profissional Artística do Vale do Ave, escola pela qual sente “muito orgulho” e considera ter sido “ponto forte” na sua evolução como artista, pois era “uma escola direcionada para a música, onde tocamos seis dias por semana”. 

Foto: DR

Em 2016, decidiu “ir mais longe”, tomando a decisão de emigrar para a Suíça. “A minha ideia era prosseguir com os meus estudos, mas já a pensar nas oportunidades. É uma zona central da Europa, vizinha da Alemanha e Áustria, e o professor com quem estudo está muito conectado com o mundo da música”, revelou.

Foi na Suíça, na Universidade de Artes, que José Pedro Pereira realizou a licenciatura em música e, em 2019, participou no concurso de admissão para a Orquestra de Gulbenkian, tendo conseguido entrar.

Foto: DR

Quando perguntamos qual o seu maior sonho, José Pereira apenas afirmou: “não faria outra coisa senão música, estou mais do que feliz assim, no local perfeito.” O jovem acrescentou ainda que “em dezembro de 2021, houve um concurso para Orquestra Gulbenkian em Lisboa, fui feliz o suficiente por ganhar esse lugar, o qual vai começar em Maio”, afirmando a sua alegria por “regressar ao país onde nasceu” e aprendeu a tocar. “Começo em Lisboa, este objetivo estava definido e foi cumprido, agora é aproveitar ao máximo e ver o que o futuro me reserva. É bom voltar ao meu país”, concluiu.

Texto redigido com o apoio de Sofia Gomes, aluna estagiária da Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro