Engenharia Aeroespacial na Universidade do Minho é o presente e o futuro próximo de José Pedro Teixeira Cardoso. Um jovem de 18 anos, natural de Amarante, que terminou a escola secundária com uma média de 20 valores e ficou mais perto de concretizar o seu sonho.
Desde que se recorda que José Pedro Cardoso é aficionado pelas “ciências”, sobretudo, por “matemática e física”, embora também goste de “programação e biologia”. Fruto disso, já crescido, o jovem começou a ponderar três cursos: Engenharia Aeroespacial, Engenharia Informática e Bioengenharia. Mas não demorou muito até perceber que o espaço era o que mais o fascinava.
Ter boas notas nunca foi difícil para este estudante, no entanto reconhece que estar atento nas aulas contribuiu “muito” para o seu desempenho escolar. ” Não tenho horários fixos de estudo, mas cumpro as minhas obrigações, estudando sempre que sinto necessidade ou falta de confiança. Foco-me sempre em melhorar os assuntos em que sinto mais dificuldade até os dominar. Penso que sair da nossa zona de conforto é o que nos faz evoluir”, partilha.
A par disso, o jovem foi conciliando os estudos com algumas atividades extracurriculares, como a música ou as artes marciais, mas confessa que prefere passar tempo com “a família e a jogar com amigos”, acreditando que “os amigos e a família são o pilar do nosso sucesso”.
Sem certezas no futuro, o jovem amarantino espera “aprender muito” e quiçá emigrar. “Falta ainda algum tempo e, por isso, podem ocorrer mudanças. No entanto, considero a possibilidade de emigrar, embora me assuste de momento, uma vez que sou muito ligado à minha família, mas acredito que o tempo me faça crescer e aceitar com mais facilidade esta hipótese”.
Satisfeito com a escolha que fez, José Pedro já ingressou na faculdade e, até à data, o espaço continua a ser motivo de fascínio. “Sempre gostei de imaginar a expansão espacial por parte da humanidade e a vida fora da Terra. Sinto que estamos no início de uma era espacial e que, se tudo correr bem, vai começar a haver cada vez mais evolução nesse sentido”.
Ainda no que diz respeito à evolução humana, o aluno refere que uma das “principais características do ser humano é a sua capacidade de adaptação” e, por isso, quando questionado sobre a capacidade da sua geração de se adaptar ao mercado de trabalho, mostra-se positivo. “O trabalho é uma necessidade básica para a maioria das pessoas. No entanto, penso que o próprio mercado de trabalho também terá de se adaptar às novas tecnologias e exigências dos trabalhadores”.
Para quem acabou de entrar no secundário, José Pedro deixa alguns conselhos: “cada um deve dar o seu melhor e não ter receio de enfrentar os desafios. Cultivar o gosto pela aprendizagem é essencial para tornar esta jornada mais agradável e bem-sucedida”, destaca.
No final da entrevista, o jovem amarantino não conseguiu terminar sem deixar, ainda, uma mensagem aos pais: “o mais importante é confiarem nos vossos filhos e não os pressionarem a ter boas notas, uma vez que isso só causará ansiedade, o que vai prejudicar os resultados. Nunca fui pressionado pelos meus pais, mas sempre tive o reconhecimento e a confiança deles”.