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Na última edição de papel de 2024, o Jornal A VERDADE preparou um Especial com várias Centenárias do concelho do Marco de Canaveses, mulheres que contaram a sua experiência de vida, partilharam como foi atingir os três dígitos e deixaram alguns conselhos às camadas mais jovens.

Joaquina Vieira dedicou toda a sua vida à agricultura e não havia tarefa que não enfrentasse com determinação. “Fazia trabalho de homem e de mulher, e ai daquele que se pusesse à minha frente”, afirma com orgulho a centenária.

Chegar aos 100 anos é um feito que Joaquina encara com surpresa, pois admite não saber o segredo para tal longevidade. Contudo, atribui a sua vitalidade à “força e genica” que sempre a acompanharam.

Apesar do trabalho árduo, Joaquina Vieira nunca deixou de se divertir. “Gostava muito de ir às festas, dançava e cantava muito bem, sabia coisas bonitas, coisas antigas”, recorda com um sorriso.

A celebração do centenário foi um momento especial, rodeada pelos filhos e netos. “Foi uma festa bonita. Comemos um assado, houve doces, não faltou nada. Até ramos e prendas recebi”, partilha a idosa.

Joaquina viveu de forma independente até aos 95 anos, uma idade em que ainda geria sozinha as tarefas do dia a dia. “Fazia a comida e limpava a casa, tudo sozinha”, diz com orgulho.

Os Natais da sua juventude, no entanto, foram mais modestos do que os atuais. “Era um Natal à pobre”, brinca. Recorda as consoadas em família, onde “só tínhamos umas batatinhas cozidas e umas rabanadas”, contrastando com a abundância que hoje vê.

Ainda assim, mantém a tradição de passar o Natal com a família. Atualmente, celebra a data “em casa da filha Maria, lá no Freixo”, um momento de reencontro que aprecia.

Para todas as festas que se seguem, Joaquina Vieira destaca que o mais importante é “celebrá-las todos juntos”.